Mati Klarwein
Homenageio os pais, em particular aqueles que, pelo divórcio ou conjunção da vida sofrem com o afastamento quotidiano dos filhos. É ido o julgar que enformou gerações de à mãe pertencer responsabilidade maior no desenvolvimento da criança. Na sociedade que temos, ninguém com nível mínimo de análise conceptual nega importância à figura masculina, consubstanciada no pai, ou quem dele pelo amor e dádiva faça a vez, essencial para o ser humano evoluir harmonioso.
Perante os filhos, às mulheres compete respeitar e valorizar o homem que num momento de amor ou de união entre corpos gerou. Quando a fuga às responsabilidades paternas não é facto, e mesmo nesta situação, haja bom senso da mãe ao referir-se ao pai dos seus filhos. Disseminar injúrias corrói os íntimos afectuosos das crianças – crescer num mar de ódio entre os pais, ambos amados, é agressão imerecida. Em famílias ditas ‘normais’, a super-protecção das crianças pela figura materna e exercício da autoridade pela figura paternal é erro crasso de que somos também culpadas – o leite da tradição corre-nos nas veias e ninguém dele beneficia. Mais digo: as mães que assim exercitam o seu amor pelos filhos comprometem da família o bem-estar e o futuro, esquecendo a sensibilidade à injustiça das crianças e as consequências do repetido desgaste da imagem do pai. Cedo ou tarde, chegará o dia em que o erro bem intencionado(?), erro porém, será pago com dolorosos juros.
Vão difíceis os dias para a família - ansiedades, cansaço, dificuldades condicionam o comportamento que os pais têm por ideal. Importa a humildade no reconhecimento de ser feito o possível via diálogo e exemplo. Sem culpas ou frustrações, vivamos os afectos maiores com paz, alegria e verdade.
Aos pais que escrevem no SPNI desejo vivência feliz com os filhos.
CAFÉ DA MANHÃ
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