Houve menina que bem conheci. Fez-se mulher. Privou com avós e bisavós e ‘tios-bisavós’, mais tios-avós até idade adulta avançada. Teve infância pobre à conta da falta de irmãos e primos directos - respeitasse o novo acordo ortográfico e escreveria ‘diretos’ - desde três gerações; rica pela família que a gerou (o ‘rico’ não significa óbvio – tem a ver com experiências inusitadas de que guarda memórias d’ouro).
O avô era músico autodidacta. Lia pautas como criança industriada que, de cor, repete tabuadas. As filhas cantavam primorosamente, eram prendadas em artes várias (domésticas incluídas). Uma foi p’ra freira e conservou a tradição de cada camada geracional contribuir com um ou mais elementos para casório divino. Pelos muitos castos(?) da família, houve descendente única. Transviou – não fez votos de castidade e de pureza ou pobreza. Insubmissa, escolheu trilho diferente dos mandadores: o comum. Nunca se arrependeu, mas venera crítica e afectuosamente donde e de quem veio para o mundo.
De regresso ao avô - viajar para tempos mais recuados dava livro e não crónica. Compunha músicas e letras/poemas. Amante da mulher que lidava com o quotidiano e do marido/amor respeitava utopias, teve casamento feliz por décadas até se despedir da vida. A mulher, namorada sempre, sobreviveu-lhe um ano. Primo exímio em guitarra mais colegas tocadores da canção coimbrã eram visitas da casa. Desafiavam-no para serenatas e tocatas até horas-meninas da madrugada, para aventuras como fazer serenata no cimo do Cântaro Magro; quem o conhece de longe vislumbre a aventura. Burro atestado com víveres, violas e guitarras subia com eles. Loucos deliciosos!
Nos estios, noite chegada, a casa vibrava com acordes. Tertúlias que arrebatavam amigos e personalidades de artes várias. Uma delas, Irene Lisboa, a menina já não conheceu mas leria a obra em que desancava tias-avós. A pequenota levantava-se pé-ante-pé, sim, porque era mandada cedo para a cama, e, sentada num vão da escada roendo maçãs, ouvia e ria com as anedotas, as picardias sobre política e literatura que intervalavam música.
A mulher não herdou talentos - limita-se a fazer uso menor do aprendido no regaço meigo da família.
N.B. Como ao magana se poderáao atribuir significados vários entre eles mulher alegre((Novo dicionário compato da língua Portuguesa de Ant. Morais Silva( mas ainda assim e para evitar interpretacoes tendenciosas várias o Nilo parafraseando o Lauro Dérmio emenda : magana em ingles That´s my girl
Bolos? Com o rabinho de fora? Ali em cima é com pato ;-))
Não pirilamparás a mulher do próximo
http://www.youtube.com/watch?v=Yxfh7hFW6Lo
Isto sim, é para frasear o dito (LauroDerme?) I DO NOT SEE THE POINT OF A HORN - Não vejo a ponta dum corno LOWER THE STONE - Arrear o calhau CHANGE THE WATER TO THE OLIVES - Mudar a água às azeitonas THAT STAYS IN JUDAS'ASS - Isso fica no cú de Judas HORSE FEET OF CORK - Cascos de rolha IF YOU DON'T DOORS WELL, YOU ARE HERE YOU ARE EATING -Se não te portas,bem tás aqui tás a comer
Já conheciam? Querem mais?
Até lá... http://farmaciaturcifalense.com/1441-lauroderme-toalhitas.html
Consuelo Velázquez Torres (1916-2005) México. Pianista y compositora. Como compositora su legado ha sido notorio, dentro de sus obras podemos citar: "Bésame mucho", "Amar y vivir", "Verdad Amarga","Que seas feliz"
António Brojo, é dele que fala? Cântaro Magro? O cãntaro magro? E o burro é aquele animal de quatro patas firmes? Parece inverosímil. O primeiro foi meu professor, o segundo ia lá quando eu era de lá. O terceiro, ora o terceiro ...
Teresa C. - Pareceu-me um puzzle surpreendente: serenatas no cimo do Cântaro Magro, António Brojo na guitarra e o burro com o necessário à serenata e à ceia. Em cima disto estava o meu conhecimento do guitarrista e a memória das fortes emoções no cimo do Cântaro (quando lá ia ou estava e me sentia ser de lá). O burro, ora o burro ... que dizer do burro?