Jean François Millet, autor que não foi possível identificar
Em tempos de miséria outros, das quintas poucas e das muitas parcelas estreitas advinha sustento que, a par da capoeira e do porco na 'salga', dele carnes fatiadas, presunto e fumeiro duravam um ano, havendo parcimónia e poucas bocas para alimento. Sendo muitas, pão com azeitonas era janta. Quem na Beira Alta tinha um forno, a troco de tostões, cozia pão centeio e broas e trigas – escassas estas por naqueles chãos e clima o trigo se amofinar com as geadas e neves. O horizonte de felicidade das gentes resumia-se a pouco – “haja saúde, coza o forno, e o pão seja para nós!”.
Dos pés descalços e tamancos, dos aventais e xailes, dos lenços que protegiam carrapitos empertigados, foi longo e tortuoso o carreiro andado até hoje. “Vem aí o desenvolvimento!” foi notícia que de tão ouvida sem ninguém dela ver proveitos, se assemelha aos gritos do Pedro ameaçando com o lobo. Quando chegaram indícios de progresso, a morte arribara primeiro. Seriam netos e bisnetos a viverem benfeitorias prometidas aos antepassados. Aos poucos, deixaram entregues às silvas e giestas desordenadas os lameiros.
Sem troikanegocial que nos valha em breu tão espesso, indo a Saúde de mal a colombianos, dado Portugal como país de risco no que concerne a motins e conflitos sociais, não cozendo o forno, nem sendo para nós o pão, ai de quem recuar nas «As» muitas para os poucos que somos a caminho de hortas e canteiros donde provenha complemento aos esquálidos sacos de compras. E lembro dois amigos desafogados financeiramente que aos fins-de-semana e nas férias saíam de Lisboa, olhos postos em miraculosas horas de ar limpo e com enxada na mão. No regresso, orgulhosos, postavam na cozinha as primícias da terra semeadas e colhidas por eles. E quem vendeu as leiras ou nunca as teve? Que se legitime arrendar e cultivar fracções de baldios - hortas/jardins são preferíveis a manchas com tojos e poeira no ar. Sem elas e sem varanda é difícil o remedeio, mais não seja para vigiar o crescer da salsa, da hortelã e do manjericão.
Um novo cabo do Bojador vai necessário dobrar. Haverá vontade de o fazer? Negras nuvens de tormenta oairam sobre uma Nação à beira do desmantalemento.
Não creio! Recuso-me a aceitar. Conflitos e convuluções?Pois que venham, é tempo de um novo João das Regras,desta feita não contra os castellanos. Como alguem uma vez disse "É necessário que os rico tenham um menos, para os pobres terem mais"-Dr.Theotóhio Pereira- Justiça dura para quem produziu esta calamidade nunca atingida em quasi mil anos de História. Bem haja Teresa pela sua crónica social,humana e oportuna.
seja feita vossa vontade: sente-se bem com os esquálidos... como o incómodo é meu... desabafei.
boa sorte!
http://www.youtube.com/watch?v=0jk8dNyR4Vw
além do dicionário, o mestre (sobre o gigante Adamastor)
"Não acaba, quando uma figura se nos mostra no ar, robusta e válida, de disforme e grandíssima estatura, o rosto carregado, a barba esquálida" (Luís de Camões, Os Lusíadas) Fonte(s): Novo Dicionário Aurélio
Olha pra esta... A saúde nao vai de mal a colombianos...vai de mal a Espirito Santos e apendices outros... e nem sequer de Mao a Piao (bom dia Barroso E Ana Gomes) .
Atao ja na salembra do sol a sol dos homens a ganhar dezmarréis por dia e as mulheres a vintecinco tustos E a azeitona cohida ao quinto. 4 para o patrao e 1 para os servos da gleba . e as suas amigas descalcas na escolinha .... Olha pra ela a encanar a perna a ra e a produzir cronica linda...
Hoje estou pior có outro: deixem-me trabalhar Olhe ...deixe-se de blogs porque escrever a sério..se insiste em por aqui continuar já lá nao vai... Digestivos
Cão do Nilo - gracias a la vida por me ter inspirado e conseguido tirá-lo do sério. Adoro vê-lo rabiar! Fica tão mais encantador assim julgando lembranças apenas património seu, por outros esquecidas...
Dança salsa? Sabe dela o «penteado»? Os passos corridos e firmes, para a mulher acompanhados por ancas meneadas e ondular dos braços? Sendo não as respostas, inscreva-se em danças de salão como prazenteiro exercício de suavizar memórias dolorosas. Depois, experimente em casa com o Torres ou melhores. Um 'must', garanto. Costuma resultar.
Do segundo, tenho p'ra troca mais conhecida, sei, mas que prefiro: Buena Vista Social Club - Chan Chan
agora... imaginem o verdadeiro gozo que me dá copiar e colar (parti lhando) mais esta passagem:
Compay Segundo dijo textualmente:
“Yo no compuse Chan Chan; la soñé. Sueño con la música. A veces me despierto con una melodía en la cabeza, oigo los instrumentos, todo muy clarito. Me asomo al balcón y no veo a nadie, pero la escucho como si estuvieran tocando en la calle. No sé lo que será. Un día me levanté escuchando esas cuatro noticas sensibles, les puse una letra inspirándome en un cuento infantil de cuando yo era niño, Juanica y Chan Chan, y ya ves, ahora se canta en todo el mundo”
En la canción, primero se mencionan cuatro localidades del este de Cuba, Alto Cedro, Marcané, Cueto y Mayarí, pertenecientes todas a la provincia de Holguín. Luego se cuenta la anécdota de Juanica y Chan Chan, una mujer y un hombre que construían una casa e iban al mar a buscar arena. Mientras Juanica sacudía el tamizador de arena o jibe, el contoneo de su cuerpo al hacerlo, a Chan Chan le dio pena (refiriéndose a vergüenza).
En el último verso, una persona pide que se le quita la paja del camino para que la persona pueda sentarse en el tronco que ve, porque así no puede llegar.
Este último verso es, probablemente, una insinuación sexual. Según la interpretación más plausible, el verso esta dicho que la perspectiva de Juanica ; el tronco reprensentando el sexo de Chan Chan y el verbo "llegar" utilizado en el sentido de tener un orgasmo.
Al parecer, esta anécdota era una leyenda popular granjera que Compay escuchaba habitualmente de pequeño.
PS- aprendi, gostei, passei a ver e ouvir melhor o Chan Chan ;-)
E eu que nao tenho nada a esconder nem a perder nem a temer porque insistirei no Anonimo de arriba? Bom.... Ja experimentou semear salsa ao reguinho nas suas campesinas deambulacoes Olhe que eu perco a cabeca...
Ó pra ela a picardiar... A mnina nao é copisiga mas cada vez mais despacha e siga...tenha cuidado se isso se pega à prosa do livrito to be... Quanto ao Chan Chan: lol E esta quadrita:
El quarto de Tula e cogió candela Se quedó dormida Y no apagó la vela...
Sou demasiado pútico para em publico ensinar....mas já lhe disse uma vez.... Ai de si se a apanho a geito...(isto está a ficar demasiado atrevido e ordinarote nao acham?) Dsculpem mas a D. Trza tem comments aos comments algo provocadores. Mais uma vez dsculpem....