Segunda-feira, 16 de Maio de 2011

“SARAMPO, SARAMPELO, SETE VEZES VEM AO PÊLO”

Anderson, Daniel F. Gerhartz

 

Quando o “sarampo, «sarampelo», sete vezes vinha ao pêlo”, por longo tempo, crianças, raros adultos, eram isolados no quarto com janelas e candeeiros protegidos com papel encarnado, não ficassem afectados os olhos. Durando os sintomas, poucos eram os entreténs que suavizassem a espera da cura – ler estava arredado, visitas dos irmãos e amigos nem pensar pelo risco de contágio; ficavam os brinquedos para os intervalos em que a febre amainava. Sofrimento com base dez e expoente de tédio.

 

A periculosidade da doença matava. Quem sobrevivia, a maioria não sendo infantes de curta idade, restavam frágeis como folhas expostas aos ventos doutras maleitas. O provérbio/mote estava englobado num conjunto que reflectia possível origem, duração do mal e aconselhava terapias:

- “O sarampo vem a cavalo e vai a pé”;

- “água estragada, fervida ou coada”;

_ “a tinha é pior que a morrinha”.

 

A crença nos sete ataques da doença advinha da confusão com outras: varicela, rubéola e mais aquelas caracterizadas por borbulhagem disseminada na pele. Hoje, o sarampo na putativa forma de epidemia também atravessa a Europa de “cabo a rabo” – feliz expressão popular que em “três palavrinhas apenas” traduz uma das áreas geográficas abrangida pela moléstia viajante. Porque, afinal, o vírus somente por vez única ataca o pêlo e a eficácia da vacina é facto, quem nunca guerreou o microscópico bicho previna-se.

 

Seja pelo senhor Dominique Strauss-Kahn, director geral do FMI, ter sido acusado e preso por agressões sexuais, seja pela velocidade da progressão do sarampo, de novo, o euro caiu e o ressurgir económico da Comunidade Europeia com ele. Valham-nos deuses que no Olimpo da modernidade lançam olhar benévolo para os autóctones deste território fronteiro com o Atlântico cujos mistérios aventuraram desvendar.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 12:25
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4 comentários:
De Perseu a 16 de Maio de 2011

Pois era assim Teresa,ou melhor foi assim com os que tivemos sarampo.Que eu saiba a crendice(!) durou talvez até aos anos 60.

Até ser provado o contrário o sr.Strauss-Kahn,está inocente.No entanto existem estórias antecedentes,e cada um sabe se si o FBI,CIA e a SURETE sabem de todos...
De Veneno C. a 16 de Maio de 2011
Putativa, porque erradamente era suposta ser, mas não é?

E qual é a zona geográfica "de cabo a rabo"?

Da confusão que aqui fica, talvez se possa esclarecer o que é uma das doenças

«A Tinha, ou dermafitose, é uma doença curável, mas é altamente transmissível entre animais e pode mesmo ser passada aos humanos, sobretudo às crianças. A Tinha é causada por um fungo que provoca a queda de pêlo e vermelhidão numa região circular da pele, com geralmente 2 cm de diâmetro. Frequentemente acompanhada de prurido, afecta sobretudo as extremidades: o focinho, as orelhas, a cauda e as patas.

Um cão entra em contacto com os esporos dos fungos através do meio que o rodeia e transmite-os a outros cães e pessoas também através de contacto. Todo o material em que o animal toca, torna-se uma possível fonte de contágio e por isso deve ser desinfectado regularmente. A maior parte dos animais consegue combater naturalmente o fungo, mas se o cão se encontrar num estado de saúde mais frágil pode ser infectado mais facilmente. Geralmente a má-nutrição, enfraquecimento do sistema imunitário ou contacto com outros animais infectados potencia a transmissão.

O tratamento da tinha tem geralmente bons resultados, mas a doença leva no mínimo três semanas a desaparecer. Nos casos mais difíceis, os tratamentos podem prolongar-se durante vários meses. Nesse tempo o animal deve permanecer em quarentena. Banhos frequentes, tosquia do pêlo, medicamentos antifúngicos são as formas de combate mais comuns, mas o tratamento adequado deve ser prescrito pelo médico veterinário.

Todos os animais com quem o cão conviveu devem ser testados, pois muitas vezes podem estar contaminados e não apresentarem sintomas da doença.»

http://arcadenoe.sapo.pt/article.php?id=477





De Veneno C. a 17 de Maio de 2011
Afinal... "Quem espera sempre alcança" e as outras seis fases estão bem identificadas e não têm nada a ver com o cavalo nem com a água... isso "são contas doutro rosário.

http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=29078

http://proverbios-populares.blogspot.com/2009/09/sarampo.html
De Gato a 16 de Maio de 2011
Olá Teresa C.

Uma vantagem de ser gato,não temos essas maleitas,temos outras.
Sabe aTeresa que o gato tem problemas renais?Tem inflamações de garganta?.A vida de um gato sem abrigo é muito curta +-4 anos=28 no homem,mas ser for gato de casa pode chegar aos 20 anos=a 140 humanos. Miminhos,colinhos e festinhas são o indicado.

Quanto ao senhor Kahh,se for verdade,é um tigre da India. Serà?

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