G. Boersma
Os candidatos ao exame para acederem a magistratura copiaram à fartazana. Prova de respostas fechadas deve ter sido vigiado por habitantes no ‘Pomar de Jesus’, o mesmo é dizer inocentes ou distraídos do real. Qualquer professor, do Básico ao Superior, conhece neste tipo de provas a técnica da mão esquerda por via dos dedos levantados enumerando a pergunta, a direita dando resposta por esquema idêntico. Uma de duas: ou os vigilantes foram lerdos, ou coniventes.
Na primeira decisão, passagem administrativa. Na segunda, repetição da prova noutros moldes. Que os candidatos tenham sido fraudulentos, foi certo. Que no exame dos licenciados candidatos à Ordem dos Médicos e à respectiva especialidade venha a suceder parecido é presunção fundamentada. Mas quais os preceitos dos responsáveis pelas vigilâncias de exames que admitem estratégias escusas tão rudimentares? Quem os elucida sobre eles e obriga a respeitá-los? Ingénuos? Tontos? Ou de nada servem normas quando a permissidade é a única com acolhimento nos vigilantes?
Este povo tem (des)graças difíceis de entender. Valem as pilhérias em que é fértil, a saborosa malandragem acoitada ‘na massa do sangue’.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros