Kim Parkhurst, Jennifer Janesko
Quando os irmãos Grimm escreveram o Príncipe Sapo, mais não fizeram que dar forma escrita a um dos mitos e ilusões humanos e, de caminho, desmenti-lo.
Consta as mulheres sonharem com um belo príncipe devotado e que possua merecimentos capazes de o tornar progenitor exemplar, os homens com princesas diáfanas, lindas, generosas, ternas e lábios de rubi. Um sapo como parceiro(a) está normalmente arredado do imaginário. A fealdade, a estranheza que comporta, não obedece às normas primárias da sedução. E na busca iludida dos príncipes e princesas se frustram expectativas, acontecem desencontros infelizes.
Atentássemos nas rãs e princesas, nos sapos e príncipes que convivem no íntimo de cada um, menor seria, nos afectos, a teia de enganos. Nos dias e destes nas horas, alternam comportamentos individuais em que nos lábios de rubi, na pele macia espreita o batráquio que nos outros merecem condenação. Aceite a dicotomia luz/breu, a passagem de um estado a outro nas gentes, sairia desmentido o mito e melhorados os relacionamentos em geral, românticos em particular. A esta evolução da consciência é costume chamar amadurecimento e crescer harmonioso, sem parança, até ao fim.
Existem pessoas certas ou erradas para cada um de nós? _ Não e sim, o que é distinto do «nim». Profunda divergência nos valores contribui para o assentimento na resposta. Havendo alicerces comuns nas estruturas da matriz de cada um dos elementos do casal, as restantes variáveis perdem importância se compensado o momento sapo ou rã do outro com o surgir da princesa e do príncipe por parte de quem com ele partilha a vida. Como numa balança de dois pratos, o importante é o equilíbrio satisfatório na posição média do fiel.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros