Fabian Perez
Se a desgraça alheia não conforta, convém meditar sobre as conclusões do estudo que incluiu um milhar de estudantes das universidades de Granada, Oviedo e doutra (Relatório PISA/2009). Concluiu percentagens sobre ignorâncias graves:
- 10% dos alunos não sabem o nome da capital portuguesa;
- 88% dos alunos de Ciências Sociais e Jurídicas, que inclui Geografia, não sabem o número de províncias espanholas;
- 59% dos alunos não sabem os nomes dos ministros espanhóis;
- 73% não sabe quem pintou os “Fuzilamentos da Moncloa”;
- 80% não sabe o significado da palavra 'impropério';
- 60% não sabe qual a capital de Castela e Leão;
- 86% não sabe os nomes de dois prémios Nobel espanhóis;
- 72% não sabe o nome do rei anterior a Juan Carlos;
- 80% não sabe qual o superlativo de 'célere'.
Adaptadas algumas das questões a amostra semelhante dos universitários lusos, desconfio se melhorariam os índices. Parece que os dados obtidos não perturbaram os responsáveis pela 'Educação' dos jóvenes hermanos nossos, ainda que últimos no rol europeu em índices de leitura. Manda o respeito pela verdade acrescentar que também eu ignoro os nomes de todos os ministos do actual Governo. Não que sejam muitos, mas prefiro dar corda aos neurónios com assuntos mais apetitosos.
Por cá, preferimos o facilitismo no percurso escolar que dá votos e faz figura. "Associações de Pais e Encarregados de Educação" aprovam que os pupilos não sejam maçados com faltas e conteúdos exigentes. Chegado Junho e com ele os exames nacionais, aqui d'el rei que foram difíceis e injustiçaram saberes dos «meninos». Comparando os dados obtidos pelo PISA em 2009 no que a Portugal concerne e os equivalentes em Espanha, pode ser julgado termos progredido significativamente. Não desminto. Porém, a cada dia passado e em todas as áreas, mais voláteis são os números.
Ligações: esta e esta outra.
CAFÉ DA MANHÃ
Recomendo este vídeo gentilmente sugerido.
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