Sorrisos. Arredondar para cima os lábios. Luzir o olhar. Do rosto fazer sol a cobrir de alegria os seres. Qual a amargura que resiste ao instante solidário dum sorrir? Desenhar na face brilho espontâneo é jóia entesourada a partilhar com outros. Forçá-lo é hipocrisia que transforma em pechisbeque o oferecido. É luz de candeia mal parida cuja combustão fede.
Há quem condene a expressão livre das expressões pela inconveniência de exibir sentires num mundo afirmado «cão». Alegam fornecer armas aos outros, potenciais inimigos nas sociedades competitivas. Vulnerabiliza o tresloucado que rejeita esconder-se sob a capa da contenção. E depois? Tantos ‘loucos’ pontapearam convenções e por eles a humanidade avançou...
Acolher a verdade dum sorriso que alguém oferece é o apoio em falta na alavanca de Arquimedes capaz de erguer o mundo neste tempo de cóleras.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros