Perante uma tragédia, após a estupefacção inicial, acompanham o sentir condoído interrogações. Rodopiam sem resposta cabal. Como pode um privilegiado do Ocidente desenvolvido, aparentemente saudável nos meandros da psique, extremar a convicção fundamentalista cristã até ao assassinato de mais de sessenta pessoas?
Se todos os radicalismos que fomentam matanças têm jus a condenação, fosse o criminoso filho dum povo oprimido pela cobiça, desrespeitado pelas crenças, sujeito a ingerências e guerras promovidas pelas democracias fingidas que alargam as penas de pavão sobre ele, algum entendimento é possível. Testemunhar durante anos fiados a morte de pais, irmãos, amigos conduz a violência cujo crescer é imparável. A idêntico final encaminham as profundas assimetrias sociais tirânicas ou democratas(?) que fracturam os humanos. Não as pensar como injustiça, bomba em construção, é imediatismo criminoso – os desperdícios do Ocidente obeso ajudariam milhões de sequiosos e famintos por este mundo além.
Nos países nórdicos, a social-democracia vigente é tolerante, resguarda os cidadãos. Anders Breivik Behring, norueguês e autor confesso da chacina em Oslo, bem como na ilha de Utoya, fruiu das benesses do país onde nasceu. O facto somente acresce incompreensão pelos atentados que perpetrou. Todavia, exterminar, às centenas, vidas na Líbia através de bombardeamentos liderados pela NATO, é despercebido pelos clientes do bife e do bem-bom no lado certo(?) do mundo.
CAFÉ DA MANHÃ
Dizem-no futuro hino que honra a quase centena de vítimas da Noruega - Mitt Lille Land (Meu Pequeno País ou Minha Pequena Terra). A canção foi editada ontem e interpretada por Maria Mena (ascendência norueguesa e norte-americana).
Do lado certo do mundo,financiados pela U. E . com "defice colossal" com administracao "ancien regime"com uma corrupta e"democrata" administracao nao me espantaria que num destes dias um filho ou um neto dos nossos...
ainda um rescaldo a completar... mas ao rolo compressor da gratuitidade trágica soma-se incredulidade complexa: falta o "inimigoutro" para ajudar ao luto, o mundo torna-se ainda mais incompreensível, o ecoar dos porquês ressoa incessante em redor e dentro de quem tem natural dificuldade em lidar com tamanha perda...
haja hinos, cumplicidade e mão dada, talvez a construção de uma fé comum possa inibir o germinar de fanatismos insanes e demónios fundamentalistas parasitam que as boas leis e o bom íntimo da maior parte dos membros da comunidade
oxalá a melodia harmoniosa e a doçura das palavras vençam e restabeleçam os afectos e o ânimo de viver, em especial ao povo e reino da Noruega
António - a solidariedade dum gesto afável, tolerante e sentido é milagroso. Se por todos fosse levado a sério o princípio, a paz mundial deixaria de ser utopia.
O fim de um partido.Um chulo que nunca fez pela vida.Vive das cotas dos ARTOLAS do ps.Fim triste deste lugar conhecido no antigamente por PORTUGAL.Já roubam as esculturas publicas em bronze e os contadores da água em cobre para matar a fome.Como tudo isto foi possivel.Onde vamos chegar?carlos.
não há esse lado. ou há diversos. ou os certos de uns são os errados doutros.
não há 93 assassinados. não há dados certos. não há certezas.
as tolerâncias têm limites e excepções. os portugueses são tolerantes e não são excepção. são sensatos e pacíficos. e pobres. muito pobres. por isso emigram.
bem reparei e por isso, além de retirar o 'se', continuo a propor outro sujeito (nós) e a trocar o 'merecer' pelo 'dever'. condenação não é mérito. a força da palavra não deve ser anestesiada com 'óculos escuros' :-(
«Um dos desafios aos sistemas judiciais e policiais na União é a prevenção e eliminação do terrorismo por todos os meios possíveis, ao mesmo tempo que se salvaguardam inteiramente os direitos fundamentais dos cidadãos.
No combate ao terrorismo a UE tem sete objectivos principais: 1-reforçar os esforços internacionais na luta contra o terrorismo; 2-reduzir o acesso dos terroristas às fontes de financiamento; 3-aumentar a capacidade investigativa e judicial na Europa; 4-proteger a segurança do transporte internacional e das fronteiras da UE; 5-fortalecer a coordenação entre os Estados membros para prevenir e agir face às consequências de um ataque terrorista; 6-identificar factores que contribuem para a recrutamento de terroristas; 7-encorajar terceiros países a combaterem mais efectivamente o terrorismo.»