A unidade de medida portuguesa não pertence ao SI (Sistema Internacional de Unidades). O padrão luso é o car(v)alho – feio como o car(v)alho, mais duro que o car(v)alho, chato como o car(v)alho, pesado como o car(v)alho. Mandámos às urtigas o metro, o quilograma e demais unidades que o mundo aceita, resumindo-as a um só termo de comparação. Prático, simples e sempre a jeito. Sem carecer de conhecimentos científicos, ainda que rudimentares. Por todos, entendido. Faz tempo, emigrou. Democratizou-se. Renegou pertença às classes humildes e rurais nortenhas para correr o país de lés-a-lés. Hoje é cosmopolita. Calça sapatos italianos, usa gravata de seda e veste caxemira.
“Vai p’ró car(v)alho!” Expressão intrigante. Associar punição ao dito, é fazer dele coisa ruim. Sendo maioritariamente homens os useiros e vezeiros no desabafo, não é estranha a associação? O dicionário afirma que o vulgarismo de pénis utilizado como interjeição é tão somente outro modo de afirmar espanto, admiração, impaciência ou indignação. A origem parece remontar às destemidas naus e caravelas. Marinheiro que infringisse normas era desterrado para o cimo do mastro imponente – o fálico «carvalho». Ficava o punido exposto aos ventos fortes e à mortificação. Sobrevindo enjoo capaz de largar pela borda fora as entranhas, estava garantido castigo exemplar. O «carvalho» era a «solitária» dos mares. Marinheiros em terra, a palavra perde o «r» e conserva o significado temeroso. Transformá-la em ameaça e padrão, foi um passo. Criativo povo que de um mastro faz unidade de qualquer medida, como a distância do car(v)alho entre Bragança e Cacilhas.
O hound ou Cão de Sala, como é mais conhecido em Portugal, é um tipo de cão que auxilia os caçadores em rastrear ou perseguir o animal a ser caçado. Em comparação com os perdigueiros, que ajudam os caçadores achando a presa e retornando-a, os hounds são usados para persegui-la.
Existem dois tipos de hounds: os lébreis e os sabujos. A diferença principal entre estes dois hounds é que os lébreis caçam pela visão e os sabujos pelo olfato.
E já que de car(v) alhos se trata e que o bacalhau requer alho dexemo-nos de lérias e vamos tratar do assunto: a mnina deixa de escrever estes palavrões no blog (ou abate-o) tenta escrever um livrito que geito tenha e os comentadores mais ( c)dedicados passam a escrever no Borda d`Água. Quanto a este cão de tão bom faro, irároendo outros ossitos que pelo caminho vá encontrando.... E lá dizia o Manuel Maria
Mas quando ferrugenta enxada edosa Sepulchro me cavar em ermo outeiro, Lavre-me este epitaphio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro; Passou vida folgada, e milagrosa; Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro".
em português corrente (não de cão): o que tem a ver o cu com as calças?
aprenda e respeite o que lá está escrito: ou enfiou alguma carapuça?
http://www.youtube.com/watch?v=4GSZoq4uHOk
PS- There are Pharaoh Hounds, Norwegian Elkhounds, Afghans and Beagles, among others. Some hounds share the distinct ability to produce a unique sound known as baying. You'd best sample this sound before you decide to get a hound of your own to be sure it's your cup of tea.
http://www.akc.org/breeds/hound_group.cfm
My pleasure ;-)
On July 2, 1956, Elvis went into RCA's NYC studios to record "Hound Dog." It was the first song on which the vocal talents of the Jordanaires were used.
(2x) You ain't nothin' but a hound dog Cryin' all the time
Well, you ain't never caught a rabbit And you ain't no friend of mine
(2x) When they said you was high classed Well, that was just a lie
bem, passou do bucolismo campestre, harmonizado com a caridade perante o drama da sua empregada, para uma agressividade marítima masculinizada...está num dia não? Espero que passe, esse palavrão ficatão mal na boca de uma senhora ou de uma menina...
E se o candidato fala mas não diz nada: - O caralho do Aníbal está a pensar o mesmo que nós!
Por tudo isto, podemos todos dizer com orgulho: Este país é do CARALHO!!!!!
http://ostressss.blogs.sapo.pt/19034.html
... há contextos em que a utilização da expressão não é ofensiva, mas sim um modo de verbalizar estados de alma...
... é público e notório, pois tal resulta da experiência comum, que ‘caralho’ é palavra usada por alguns (muitos) para expressar, definir, explicar ou enfatizar toda uma gama de sentimentos humanos e diversos estados de ânimo. Por exemplo ‘prò caralho’ é usado para representar algo excessivo. Seja grande ou pequeno de mais. Serve para referenciar realidades numéricas indefinidas (‘chove pra caralho’; ‘o Cristiano Ronaldo joga pra caralho’; ‘moras longe pra caralho’; ‘o ácaro é um animal pequeno pra caralho’; ‘esse filme é velho pra caralho’)...
Entrada tão científica como despropositada, pois não se trata de medir mas de comparar: não diz quantos car(v)alhos entram na avaliação... equivaleria a dizer 'pesado como chumbo', 'duro como pedra', 'rijo como aço', 'frio como gelo', 'azedo como vinagre', muito longe, muito pequeno, muito difícil, muito complexo... sempre muito! Sem dizer asneiras (?), mas exagerando, equivaleria a um superlativo 'muitíssimo'.
Meada sem sentido, pois o pénis nunca é usado para essas situações... o que seria um verdadeiro disparate ;-))
Saída precipitada, pois parece que não é o «r» que se perde... pois se fosse ficaria 'cavalho' e não teria havido tema ;-))
Também se lê, na versão mais rigorosa da orígem do termo, que o castigado ia para o 'cesto da gávea' e não para o 'cimo do mastro imponente' (longe de ser fálico).
Por esse caminho (marítimo) fica por explicar o nome da árvore, que se mantém e parece não ser castigador nem peniano.
Já há quem defenda outra origem que explica as duas ocorrências com base na dureza:
«La raíz CAR parece ser que significa entre otros, supongo, roca y que lógicamente se emplea en palabras que nos indican cierta dureza; Carballo: roble, madera muy dura o mismamente las rocas que afloran en las bajamares: Carallons y Caralletes. A las mujeres "marimandonas" (con perdón) : Carallou o Carallau. Casi siempre nos indica un estado de dureza.»