Nas sociedades do bem-estar, qualquer corte na ilusão de tudo ser expectável e devido aos cidadãos num progresso sem parança surge como tragédia. Em Portugal, é atávica a posição medíocre no ranking do desenvolvimento e qualidade de vida. Possível causa da nossa conformação exterior, conquanto o íntimo arrebente de revolta. Nesta assimetria, vencem queixas e lamúrias, perde a capacidade reivindicativa e resta sem préstimo nos espíritos o pauzinho que devia entupir a engrenagem dos abusos.
Contraditoriamente, os mais queixosos e politicamente activos na luta por direitos elitistas são quem possui riqueza ou o poder da influência. Como minoria, as regalias de que fruem é escândalo, malgré a maquilhagem desde sempre introduzida nos orçamentos e nas politiquices para ignorante ver. Esquecem que ver é uma coisa, assimilar outra. E a maioria espezinhada, miserável, não assimila mordomias de poucos em desfavor de muitos – muda não fica, mas permanece queda. Reside aqui o cerne da questão. Eis-nos chegados ao ponto de serem consideradas ridículas manifestações populares _ a nada levam, dizem! Alguma razão assiste quando respeitam interesses corporativos que melhor fora serem discutidos com denodo nos gabinetes. Escasseiam movimentos de massas que encham avenidas, ruas e becos tendo como alicerce as necessidades gerais, a revolta perante a comédia dos poderes, a defesa dos esmagados pela botifarra da insensibilidade social.
Mas alegremo-nos com felicidades alheias: celebra-se hoje o casamento do Rei do Butão com uma plebeia. País do qual é dito:
_ “E se os indicadores económicos não fossem suficientes para medir o bem-estar de uma sociedade? Há 35 anos, em um isolado reino do Himalaia, um carismático rei decidiu que era mais importante a felicidade interna bruta do que o produto interno bruto. Hoje, o Butão é a democracia mais jovem do mundo e o exótico campo de testes de um dos debates mais interessantes do pensamento económico global.”
O povo está em festa, desce das montanhas, sai de casa e inunda as ruas de Punakha. O noivo não esteve com medidas meias: recusou-se a convidar famílias reais estrangeiras. Assim, sim! Para o povo a festa e os reizinhos que almocem nos seus castelinhos.
Claro que isto não é bem a história da Carochinha e do João Ratão... (dado que há um rei que se casa sem meias) mas essas massas de encher espaços circulatórios têm que movimentar-se mais cedo (já!) a fazer o trabalho de casa: não desperdiçar, poupar, gastar menos do que ganham, educar descendência e fazer-se conhecer pelos seus deputados no regresso das jornadas legislativas.
Talvez esse rei e o seu Butão façam a felicidade à medida das suas possibilidades e adoptem o atávico princípio do "boa festa faz quem em sua casa está em paz" o que equivale, em termos de brutalidade económico-antropológica (?) a um Nobel de humanismo-atavismo.
«En referencia al peligro que corren nuestras democracias, la deriva del Tribunal Supremo estadounidense, culminada por Bush, ha puesto fin a los esfuerzos por controlar la financiación de las campañas electorales permitiendo la creación de unas sociedades opacas que vehicularán el dinero de forma secreta hacia los partidos. La nueva mayoría republicana en el Congreso facilitará la aprobación de este instrumento, que pondrá a la política americana, todavía más si cabe, al servicio de los intereses empresariales.»
«O Butão tem sua economia essencialmente baseada na agricultura, extração florestal e na venda de energia hidroelétrica para a Índia. A agricultura, essencialmente de subsistência, e a criação animal, são os meios de vida para 90% da população. É uma das menores e menos desenvolvidas economias do mundo. Em 2004, o Butão foi o primeiro país do mundo a banir o consumo e a venda de cigarros.[6][7]
um bom ponto de partida para fundar o reino do Prado, porque no Butão as coisas vão começar a complicar-se
"Mulheres do Butão podem ter, inadvertidamente, criado os primeiros passos de algum tipo próprio de movimento feminista quando, recentemente, começaram a invadir o território de um esporte tradicionalmente dominado pelos homens: o Khuru (jogo de dardos)."
e não tardará muito que, pela mão do Jean-Paul, chegue lá a coqueluche Trash</>
http://www.youtube.com/watch?v=t_3JhBCmWaI
e tudo continuará num vale de rosas porque há fartura
"O Butão é uma potência em plantas medicinais. "Os botânicos estrangeiros que vêm não dão crédito", explica Karma Phuntsho, do Escritório para a Pesquisa de Plantas Medicinais e Aromáticas. Entre as espécies mais estranhas está a yagtsa guen bub, ou "erva de verão e larva de inverno". Cresce a partir de 4.000 metros de altitude e é, ao mesmo tempo, animal e vegetal. Uma larva que afunda sob a terra e que, de sua cabeça, brota uma espécie de planta ou fungo, cujo corpo se converte em raiz. Tem propriedades rejuvenescedoras e afrodisíacas, e em Bangkok paga-se 10 mil dólares pelo quilo."
Butao rima com Cavaquistao... e desilusao. Mas nao desanime (emos ).Tarde ou mais cedo do que pensa (mos) os movimentos de massa (que nao sao tipo Dias Louteiro etc e muitos etcas mais )ai estarao. In the meantime hapiness is a warm gun ... como cantavam os abaixo:
embora haja ali uma duplicação, darei com gosto para este peditório
«Inspiration for the song came to Harrison when reading the I Ching, which, as he put it, "seemed to me to be based on the Eastern concept that everything is relative to everything else...opposed to the Western view that things are merely coincidental." Taking this idea of relativism to his parents’ home in northern England, Harrison committed to write a song based on the first words he saw upon opening a random book. Those words were “gently weeps”, and he immediately began the song. As he said:
"I wrote "While My Guitar Gently Weeps" at my mother's house in Warrington. I was thinking about the Chinese I Ching, the Book of Changes... The Eastern concept is that whatever happens is all meant to be, and that there's no such thing as coincidence - every little item that's going down has a purpose... »
your money http://www.youtube.com/watch?v=qNLmXyxrXBA