Autor que foi impossível identificar
É conhecido o aforismo de Santo Agostinho: «Se não me perguntarem o que é o tempo, então eu sei o que é o tempo; mas se me perguntarem o que é o tempo, então eu não sei o que é o tempo.» E há quem investigue o tempo e dele não se farte, querendo saber mais. Descrevem-no como tempo dinâmico, um tempo onde o futuro é radicalmente diferente do passado n o melhor e no pior.
Para Einstein o que era o tempo? Uma «ilusão, ainda que persistente», afirmou. Assim é. Para quem na ciência faz vida, a distinção entre passado, presente e futuro é ilusão teimosa. Não há mecânica, e nem importa se clássica ou quântica, capaz de orientar a seta do tempo. Ele existe, determinado, sem que sejam conhecidos o como e o porquê. E se permite que o meçam, continua, matreiro, a escorrer por entre os dedos.
Em que ficamos? Existe ou não tempo? Olhando para as propostas dos criadores de moda a cada estação, para a progressão de valores, hábitos e conhecimentos, o tempo é já passado no momento julgado actual. Porém, existem marcos impressivos, em particular e mais do que todos, as experiências radicais do nascimento e da morte. Nascemos e morremos. Como a Terra, o Sol e a galáxia no sentido em que, apesar de inanimados, um dia nasceram e noutro irão «morrer».
Talvez seja chegado o tempo de novas alianças, antes estabelecidas, algumas renegadas na história dos homens. Enlaçar, em harmonia, as sociedades, os seus saberes e a aventura da natureza. Até ao fim do tempo. O nosso.
CAFÉ DA MANHÃ
Sugestão de She.
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