Por melhor que seja, nenhum «lar» é um lar. A “Unidade de Saúde de Coimbra”, estabelecimento privado, é exemplo no cuidar bem dos internados em regime de média ou longa duração. A Drª Marisa, assistente social, e toda a equipa de psicólogas, enfermagem, animadoras culturais e auxiliares são raras pela humanidade e respeito e dedicação aos utentes. A família sempre informada das necessidades dos amores que ali permanecem devido a maleitas injustas que não se vêem mas degradam ao ponto da casa própria ou as de filhos não serem solução. Não impede, todavia, que seja dito a cada saída, sempre acompanhada, para o exterior: _ “Sol! Que saudades do Sol!” Óculos escuros dispensados para fruição da luz inteira. E dói ouvir. Tantos euros para a estrela que faz o dia ser impedida de entrar nos espaços! O Nicola, na mesma cidade, acaba por ser «lar» outro de amigos que vivem sós ou com damas de companhia, uma delas ali presente, ou conjugalidades em bodas de ouro ou internados na U.S.C. cuja família faz questão de lhes manterem o hábito da meia de leite morna e uma nata nas companhias amigas de anos muitos. Pelas onze, está reunida a tertúlia. Quem falha justifica. Não são mencionadas doenças, nem arrelias, tão pouco mágoas - aquele é lugar de alegria, de novas, de partilha, de reflexão sobre o nacional e internacional, filhos, netos, bisnetos.
No desembocar do Almedina, o fado de Coimbra magnificamente interpretado por estudantes de Direito e Economia. Estrangeiros e nativos sem arredarem pé da beira do espectáculo. Pixéis em labor constante. Vozes e música de deuses é presunção: ignoro como tocam e cantam por nunca, Deo Gratias!, ter visitado o além.
CAFÉ DA MANHÃ
Em memória de Zeca Afonso e de Muammar Abu Minyar al-Gaddafi (o segundo vídeo descoberto pelo Veneno C. substitui o mau gosto do que escolhi; o terceiro resulta da colaboração do Acuçar C. e o quarto do Cão do Nilo).
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros