Vamos ter menos feriados católicos e laicos. Acho bem – poucos celebravam condignamente a «coisa» que lhes prolongava o serão anterior, quiçá na remota possibilidade de convencerem a mulher a «coisar», o sono, o remanso no dia aprazado para a «coisa» oficial comemorar. Se a «coisa» favorecia salto entre dias úteis, tanto melhor. Dá-se o caso dos portugueses terem como sisma pular regras, ludibriar o estabelecido, o «patrão» colectivo ou o individual.
Como diz alguém a quem muito quero: _ "Este país é um chiqueiro, mas daqui não saio". Partilho a graçola. Fico grata ao lado divertido da «coisa», encontro piada nos embustes usuais do sapateiro ao talhante, adoro ironizar e deixar-me levar, julgam eles, à certa, quando o riso mais importa. Qual o divertimento dum povo bem-mandado, atitudes constantes das páginas certas dos manuais, sisudo, isento do olho pisco ao levar a melhor que faz crescer a auto-estima à ‘Bulhão Pato’ cujo inventor de apelido Mata pouco tinha para satisfazer o Eça, salvo amêijoas, ervas aromáticas, sal, alhos e azeite?
CAFÉ DA MANHÃ
Não é feriado mas dia de S. Martinho que é saboroso celebrar.
é espantosa a fixidez na coisa do outro... atávica, talvez? aparentemente é prato auto-estimado que cabe em todo lado (entrada, a meio, sobremesa, digestivo...)
Muito mais reforçado o meu gosto pela cultura genuinamente nossa, aproveitei a boleia e fui beber sabedoria ao grande rei poeta, economista de lei e pela grei:
A crise europeia e o “moinho satânico” do capitalismo global – 1
Posted: 11 Nov 2011 02:55 PM PST
«... a primeira de duas partes de um artigo do Giovanni Alves, sociólogo e professor universitário na Universidade Estadual Paulista que procura problematizar algumas dinâmicas do actual contexto de crise estrutural do capitalismo. O artigo já foi publicado anteriormente em vários sítios e blogues brasileiros. Poderão assistir a uma conferência dele (dentre outros oradores) num evento científico em Lisboa (Universidade Nova) no dia 28 de Novembro intitulado “Classe, valor e conflito social” e organizado pelo Instituto de História Contemporânea desta instituição, pelo Instituto de Sociologia da Universidade do Porto e pela Rede de Estudos do Trabalho. Mais informações em breve.»
Mas que ingenuidade da "tralha" institucional e políticamente correcta (não esquecendo os representantes blogueiros e comentadores dos ditos. Congo ,guerra civil (5,4 milhões de mortos) e porquê?Quatro minerais essenciais entre eles o coltán utilizado nos componentes electrónicos dos nossos queridos telefones móveis. Estes minerais de sangue...como muitos diamantes) chegam às fábricas de todas as marcas sem qualquer controle nem transparência .Mas no mundo também existe comércio ilegal de armas .... e depois... como dizia o hino da extinta Mocidade Portuguesa "lá vamos cantando e rindo"No Congo viola-se uma mulher por minuto D. Tereza... E na me venham falar de democracia seminários etc. etc. o que existe é luta de classes como dizem os do movimento OWS 1% posui 99% despossuídos...
Quanto ao que por cá se passa (veio, vem ,virá passando) e usando metais doutra natureza, há quem se contente com guerra mais civilizada (e menos sangrenta) que, com alguma subtileza, nos faz sentir violados em permanência:
Tempo de minhocas e de filhos de meretriz
“O dia deu em chuvoso”, escreveu Álvaro de Campos.
Num tempo soturno, melancólico, deprimente.
“Tempo de solidão e de incerteza Tempo de medo e tempo de traição Tempo de injustiça e de vileza Tempo de negação”, diria Sophia de Mello Breyner.