Beryl Cook
“Era de fato muito bonita! 40, casada, 2 filhas, marido bom, trabalhador, ótimo pai e excelente companheiro. Por que ela o traía? Sempre analisava sua situação e invariavelmente sentia-se muito culpada. Sofria com isso.
Veio tratar-se comigo e contou que amava sinceramente seu marido, mas, não ficava sem atividade sexual com outros homens que a vida lhe trazia ocasionalmente e tinha dois que era só telefonar que sempre um estaria disponível. Perguntei-lhe o que viera buscar no Valente e respondeu que gostaria de não proceder mais com as traições conjugais. Isso estava pesando demais em sua consciência.
Para checar se esse propósito era realmente verdadeiro, pedi-lhe para levantar da cadeira e ajoelhar-se frente a Jesus Cristo que tenho na parede do Consultório, o que prontamente o fez e, pedi-lhe também, para dirigir-se a ele com muita fé e proferisse algumas palavras solicitando a sua ajuda, o que o fez com muito choro e carregada de sentimento.
Deitada na maca, procedi ao Banho de Luzes, limpando cada um de seus corpos, e vi suas amigas extremamente chateadas com a situação, diria, em completa desaprovação. Como sempre procedo, pedi aos amigos e amigas presentes, que encaminhassem essas pessoas aos Postos de Atendimento Doutrinários do nosso bairro. Assim procedendo, nossa Paciente não teria mais essas companhias que se utilizam dela para procederem a saciar seus intentos de prazer, digamos assim.
Agendei a Consulta seguinte para dali a uma quinzena, para assim, com um tempo maior, poder, de fato, medir se houve ou não a companhia de novas companhias.
De fato, nada mais praticado pela Paciente e, por minha vez, também não vi mais ninguém do tipo daquelas pessoas.
Beijo na Alma!”
VALENTE
aconselhamentos e orientações
vidas passadas, regressões, cromoterapias
sem hipnose e sem medicação de espécie alguma
depressão, abortos, angústia, ansiedade, desmotivação,
traumas, insônia, drogas, pânicos, suicídio, medos
Enorme cruz devo carregar para receber no e-mail do SPNI lixo deste teor. A do "beijo na alma" deixou-me pendente queixo e lábio inferior.
Outros recebimentos são delícia a não perder. É de atentar neste:
“A língua portuguesa é difícil, até para fazer amor! Amá-la ou Amar-te?
Neste outro também recebido da mui querida Dobra:
"Um cê a mais e alguns «rrr’s» errantes …
Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o C na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa.
Custa-me despedir daquelas letras que tanto fizeram por mim. São muitos anos de convívio. Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's e PPP's me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes, gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: - não te esqueças de mim! Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda como quem diz: “sei que não falas, mas ainda bem que estás aí”. E agora as palavras já nem parecem as mesmas.
O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos. Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hífenes e entraram RRR's que andavam errantes. É uma união de facto e, para não errar, tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles porque já não se entendem.
Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE's passaram a ser gémeos, nenhum usa ( ^^^) chapéu. E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo para terem privilégios. Assim, temos janeiro, fevereiro, março, são tão importantes como peixe, flor, avião.
Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras são uma autêntica deceção. Por outro lado, é ótimo que já não tenham.
As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos.Sei que tudo vai correr bem, e só espero que a ausência do C não me faça perder a direção, nem me fracione, e nem me faça tropeçar em algum objeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um C a atrapalhar.
Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? ! ? ! ?"
E neste:
“Um exemplo de distinção e da elegância com que se destacam os Homens deste país e de democracia! É a melhor demonstração de que 'gente da aldeia' passou a ter acesso 'à cidade'.
O modelo é que já não se entende tão facilmente mas já não discuto, só refilo...
Cavaco Silva
Ter por compincha, correligionário e alto quadro de confiança o Dias Loureiro é uma coisa;
Ter por compincha, correligionário e alto quadro de confiança o Oliveira e Costa é outra;
Ter por compincha, correligionário e alto quadro de confiança o Duarte Lima é outra;
Ter por compincha, correligionário e alto quadro de confiança o Isaltino Morais, outra ainda.
Ter os quatro em simultâneo por compinchas, correligionários e altos quadros de confiança é arte, é gosto refinado, é exigência; uma selecção, jamais um acaso.”
CAFÉ DA MANHÃ
O amor mais recente dum leitor e comentador ocasional é esta ucraniana. Aprovo.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros