Segundo a classificação de Daniel Sampaio existem pais democráticos, hoje, em maioria, autoritários - percentagem que aumenta diariamente quando os julgávamos pertença de décadas por inerência ao conceito social do tempo e educação -, e permissivos. Somente os primeiros legitimam autonomia equilibrada dos filhos. Os segundos chibateiam o psiquismo de quem depende deles, os últimos invertem valores pela neglicência incluída no ‘deixa andar’.
Tive a sorte de pai democrático, ausente pela carreira militar durante anos demais. Ainda assim, não descurava formas outras de presença. Quando juntos, caminhadas ao longo do Mondego ou nas escarpas serranas, diálogos no entretanto ou em casa, comunicação perfeita sem necessitar de fala e olhares como signos. Tantas memórias e ensinamentos dourados que guardo dele…
Desde o nascimento, depois no crescer, sei que sou cópia física do pai. Cúmplices, harmónicos, não prescindíamos de momentos a dois em que refletíamos sobre as vidas e o mundo. Ele, ‘aquário’, eu, ‘balança’. O certo é que o meu entendimento com ‘aquários’ é imediato; curioso ao ser reportado por quem nada sabe de astrologia. Partiu há quase seis anos. Ainda hoje converso com ele.
CAFÉ DA MANHÃ
Que a doçura desta fantasia de Jim Warren inaugure semana tranquila para todos e contribua para um feliz ‘Dia do Pai’. Parabéns aos homens que exercem paternidade empenhada! É tarefa e tanto.
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