«Lele, panilhas, veado, roto, mariolo, maricas, larila, maricon, afrescalhado, ventilado». Significados do mesmo - homossexual. Alguns com graça. Sendo para eles isto tudo na gíria do povão, nós merecemos pouco: «gaja, gajedo, fufa, sapatona e o genial grelame». Não apreciando discriminações, tenho para mim que tal desigualdade tem a ver com a ancestral borracha que à mulher apagava direitos - reprodutoras, sim, pessoas inteiras não. Cumulando, aquelas e outras designações passavam à boca pequena - masculina, está visto! - de geração em geração, uma ou outra acrescentado um ponto no conto. Ainda agora, no linguajar feminino e mais brejeiro, não nos aventuramos muito para lá do «gaja(o), fufa, maricas e larila». Definitivamente, umas senhoras! Podemos usar jeans, ser libertas, quiçá libertinas, mas, bem no fundo, ainda não nos despedimos das pérolas e do saia-casaco.
Dos saldos económicos fartámos - invariavelmente negativos. Vamos a outras contas, outras realidades sem as quais a vida extinguir-se-ia. Proponho cálculo mental: casal regular e ativo na conjugalidade. Façamos conta à modesta regularidade bissemanal de vinte minutos cada (nada de vagares que o amanhã também é dia e o cansaço e o sono não autoriza mais): 2 x 20 min x 60 s = 3600s. Ao ano: 3600 x 52 = 187 200s. Com uma frequência média de 1s e reduzindo à unidade SI de comprimento: 26 740 x 17cm = 454 580cm. Em quilómetros e com aproximação à dezena: 460km ao ano. Isto por cabeça feminina. É obra!
cabeçuda qb, nem a fazer contas básicas se segura ;-)
2x20x60= 2400 e não 3600 bla bla bla são só mais 50& de farófia...
como há ali um nº que não se vê de onde vem (nem para onde vai?) e se fosse 17cm de vai-e-vem avantajado contaria a dobrar? resultado? uma autêntica cavalada a dar em nada, sem qq substância, comme d'habitude
compute-se que o tal nº equivale a 1/7 dos 20 minutos, ou seja apenas 3, e que o 17 seja 2x8,5 cm isto porá a coisa em 'apenas' 2/3 do inflaccionado por cabeça (oca) feminina?
concorde-se que no obrar é que está o ganho ;-))
«... E o ritmo aumenta à medida que vão mais fundo. A contorcer-se e já quase a vir-se, Júlia é agitada por um som polvoroso. Parecia ter sido um tiro. Afogueada, abre os olhos. Olha à sua volta e não vê ninguém. Tinha sido um sonho. Suspira fundo. Um sonho muito real! É o que acontece quando desejamos muito. Já o deveria saber. A imaginação transmuta-se momentaneamente em realidade ao mesmo tempo que satisfaz a vontade sedenta. Embora confusa, Júlia sentia-se estranhamente satisfeita com um certo sentimento de serenidade que se apoderava lentamente do seu corpo. Toma a decisão de se ir deitar na sua cama. Assim que se levanta percebe que as suas cuecas estão molhadas. Ao tirá-las, percebe de imediato que aquilo era o suco que a sua vagina produz de cada vez que é investida pelo desejo e pela vontade de um pénis duro. Os seus grandes lábios intumescidos e o seu clitóris ainda em contracção denunciavam essa vontade. Desta vez sonoriza o seu pensamento.
- Foi tudo tão real! O que é que se passa comigo?!
Não se sentiu com forças para procurar uma resposta. Trocou rapidamente de cuecas e deitou-se. Cerrou os olhos e fez um esforço para se deixar dominar pelo sono profundo, precisamente aquele que é estéril de sonhos. Passados dezassete minutos, Júlia volta a adormecer. E assim se manteve até à hora de acordar.