Autor que não foi possível identificar, Jim Warren
A Isabel assentiu em casar contra decisão fundamental que lhe regia partilhas d’alma e corpo. O futuro noivo ainda não se prostrara de joelhos, exigência brincalhona que dela partiu e ele aceitou. Sugeriu anel de noivado feito de arame encastoado com pedaço das madeiras que o amor/amante gosta de trabalhar. Concordou. Enfiou o anel dela no mindinho dele e, a olho, soube a medida. A Isabel desconfiou, pressentiu design outro quando o namorado mencionou ourivesaria, das melhores em Sevilha, disse, onde trabalho o conduz três vezes numa semana. Após, confessaria:
_ A dona tem bom gosto e conheço-a há anos. Mostrei-lhe fotografia tua para conselho assisado na compra do símbolo que gostes e, uma vez enfiado, jamais tires do anelar.
E ela num sim gargalhado, não por troça, mas pela intenção que desejava ver concretizada. Ainda assim, lembrou o arame mais a madeira encastrada, conquanto o romantismo a deixasse comovida.
Foi então que o amado acrescentou:
_ Achou-te elegante, clássica. Depois atirou-se a mim. Ignorei, claro. A mulher da minha vida és tu.
A Isabel, misturou contentamento e ciúme - o último sentir engoliu, não exibisse vulnerabilidade que desejava contida no âmago da cebola onde residiam segredos. Um a um desvendados sendo do tempo o tempo a dois.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros