Ilaria Roberti
John Keats na "Ode a uma Urna Grega", escreveu:
Beleza é verdade, verdadeira beleza, - isso é tudo.
Sabeis na terra, e todos precisam saber.
Procuramos a beleza que se esgueira e cada um inventa. Num rosto, num perto ou num horizonte. Indiferentes aos critérios e cânones dos estudos que investigadores sobre a beleza fazem tese. Talvez os humanos lhes obedeçam e confirmem créditos à ciência que os gera.
Ou não.
Pela subtileza de traços discordantes que induzem fantasias, lábios cheios como os da Angelina Jolie são fascínio para muitos. Boca insubmissa às regras clássicas e outras graníticas nas normas.
O quê/muito da inocência que transparece da inquestionável beleza da Marilyn é a sensualidade abrangendo mitos sem tempo no tempo. De Eugénio de Andrade, no “Coração do Dia, Mar de Setembro”, a constatação:
Branco, branco e orvalhado
O tempo das crianças e dos álamos.
Eugénio de Andrade, na mesma obra, torna a escrever sobre fundos humanos. Servem como luva à beleza senhoril de Audrey Hepburn.
Mãe…
Na tua mão me levas,
Uma vez mais
Ao bosque onde me sento à tua sombra.
É contra a solidão
Que levanto o meu grito
Reclamando um rosto
Por sobre o vento
Um rosto no deserto
Uma água que não se escoe na areia.
Na precariedade,
Eu queria árvore que resistisse
Aos temporais de fim de Outono.
Nota: texto acabado de publicar aqui.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros