Fabian Perez e Maguire
Acordou com a famosa de Honoré de Balzac: “É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música.” Nublada pela falta da cafeína, deu-lhe, no todo, razão.
Mais lúcida, problema: o som dum Stradivarius Messias temperado pelo salgueiro, acabado com cinzas vulcânicas na mistela do verniz, lograria o violinista preferir instrumento diferente? E se fabricante de vão de escada o tentasse com violino menos homogéneo, mas, ainda assim, convincente pelo vibrar e radiar do som?
Conhecida a influência dos séculos idos e frios na dureza das árvores, a madeira extraída hoje amaciou. Menos dureza em proporcionalidade direta com vibração inferior? Extrapolando: humanos de hoje, apesar da longevidade aumentada, menos consistentes na rijeza?
Largou especulações e foi-se ao arrumo doméstico. De soslaio, não voltasse ao mesmo, olhava as madeiras na casa. Negando o propósito, tateou-as. Pareciam resistentes excetuando a mulher - neblina messiânica persistiu em toldá-la.
Nota: texto publicado aqui. Agradeço ao "Curioso" a lembrança do segundo vídeo.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros