Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2012

PRINCÍPIO DA INCERTEZA

 

Jan Bollaert

 

Também o que deu nome à trilogia da Agustina Bessa-Luís. Princípio da Incerteza – não é possível prever com rigor o comportamento de uma micropartícula. Lembro as teorias da Relatividade - energia e massa como semelhantes na essência, espaço e tempo interligados. Apelo à Mecânica Quântica – a matéria é em simultâneo onda e partícula. Os eletrões e outras partículas subatómicas dançando em harmonia com os átomos, estes com os ajuntamentos que constroem (as moléculas) e com os planetas que pulsam ao ritmo do sol e, com ele, do cosmos.

 

A biologia prova a coreografia perfeita do universo – o sémen que ascende ao óvulo, a circulação sanguínea, os ciclos menstruais harmonizados entre mulheres que durante algum tempo permanecem juntas, a sincronia do coração e do respirar. Até os relógios de Huygens acabaram por oscilar em simultâneo e ignorarem o descarto inicial. Os saltos precisos do átomo de césio de um nível energético para outro definem, nos relógios atómicos, a unidade de tempo (SI – Sistema Internacional de Unidades). Erro de compasso inferior a um segundo em vinte milhões de anos. A matéria – viva ou não – bailando ao mesmo ritmo. Caos síncrono, irrepetível, organizado por formulação matemática. Determinista. Passado, presente e futuro como resultado da imparável e sussurrada comunicação matemática e física e química entre partículas.

 

Jan Bollaert

 

Einstein e as pontas da teoria unificadora dos campos – zonas do espaço onde forças gravíticas, elétricas ou magnéticas confluem. Visionário, louco, excêntrico segundo contemporâneos. Genial pela intuição lógica e suporte científico. As vidas encaradas como perspetivas individuais duma realidade única. Julgadas distintas pelos humanos não o sendo enquanto são. Espectadores de um palco que pensam cheio e onde impera o vazio.

 

Poema budista completa:

Vazia e calma e livre de si

É a natureza das coisas.

Nenhum ser individual

Na realidade existe.

 

Não há fim nem princípio,

Nem meio.

Tudo é ilusão,

Como numa visão ou num sonho.”

 

Texto publicado aqui.

 

CAFÉ DA MANHÃ


publicado por Maria Brojo às 11:02
link | Veneno ou Açúcar? | favorito
2 comentários:
De Ghost a 29 de Dezembro de 2012
Uma bela colecção de disparates, a fechar o ano, é muito louvável.

De Maria Brojo a 30 de Dezembro de 2012
Ainda bem que gostou.

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