E. Goetschel
Serão na véspera deste sábado. Pelo gosto em revisitar filmes de culto, escolhido “Manhattan”. Woody Allen dirige a fita de 1979. Interpreta o fabuloso Isaac Davis na busca incessante de um sentido para a vida, para o amor numa cidade em que o sexo é tão banal como um aperto de mão e a porta para o amor verdadeiro é giratória. A crença de poder alterar a personalidade do outro através da partilha dos dias. A sátira da racionalidade pura e da intelectualidade. Desvalorizada a pureza dos sentimentos tida como ingénua. Até um dia.
Elenco de luxo: Meryl Streep (Jill) como a ex-mulher de Isaac, lésbica, Mariel Hemingway é Tracy, a belíssima menina de 17 anos que ama genuinamente Isaac de 42, Diane Keaton como Mary, mulher sedutora com manto de pragmatismo que encobre sentir confuso nos amores. Uma Manhattan filmada com a magia que de facto possui para quem lhe reconhece o palpitar. A também mágica banda sonora de George Gershwin marca sequências e personagens.
Podia ser um filme datado, mas não. O cerne do argumento é intemporal ao traduzir a procura de todos - um amor como símbolo de felicidade - e os enganos dos caminhos individuais.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros