Autor que não foi possível identificar
Caulfield defendia a inexistência de uma realidade palpável, com exceção do traseiro da vizinha mexicana Lolly Rodriguez, que era, nas suas palavras, "palpável e beliscável". Na prisão, onde passou 10 anos por porte ilegal de armas, Caulfield criou as bases da sua Filosofia Moral: uma ética baseada na liberdade de cada um fazer o que bem entende na vida. Pensamento marcante: "Há um sólido equilíbrio em todos os elementos do Universo, que une e dá sentido às coisas. Desde que o sujeito não tenha entornado sozinho uma garrafa de Bourbon." Holden Caulfield, personagem criado por Salinger e protagonista da novela “The Catcher in the Rye”, cáustico da sociedade de elite em que nasceu, viu longe. Muito Longe. Tão longe, que a realidade palpável mais próxima pertencia à vizinha.
Nos tempos correntes, o real “palpável e beliscável” também fala português. Apalpa-se, logo existe. Ou é beliscado, ou vasa da mão. Por ora, não vasa e faz mais do que beliscar: pontapeia traseiros a eito e a jeito.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros