Terça-feira, 10 de Setembro de 2013

“E LA NAVE VA”

 

Autor que não foi possível identificar

 

Na sornice da deita deste Verão português, demora a pré rentrée que anuncia a vivacidade outonal. Com notícias silly, excetuando as relativas à tragédia incendiária vivida cá e na Síria, iniciativas culturais escassas, até a má-língua popular e a mediática tão costumadas estão em pousio como solos rapados após as colheitas. Persiste o véu nostálgico ou desesperançado nas soalheiradas dos dias. Dele, sentimos a opressão há ror de tempo e o navio continua à deriva - “E La Nave Va” em tons sépia como Fellini quis.

 

Neste amanhecer ventoso, uma notícia fez a diferença: a trindade de televisões generalistas nacionais decidiu não cobrir a campanha autárquica por razões ponderadas, consentâneas com a decisão da Comissão Nacional de Eleições e, mais importante, com o estado vegetativo do país. Nem duvido, desconfiada por imposição das muitas fraudes em que já escorreguei como se o chão fosse coberto por cascas velhas de bananas, que causas outras (conluios?) sejam berlindes no jogo jogado (estas bengalas futebolísticas garantem-me riso). Da minha abundante inocência, basta parte naufragou por isto. Nem a dose cartesiana que soe constituir proteção valeu – estatelei-me com fragor e pavor.

 

Admitindo a bondade da notícia, merece aplausos de pé e o ecoar de “bravo!” por cada um. Que os candidatos multipliquem proximidades com as gentes que diligenciam representar sem os clichês habituais feitos para as tevês e engolidos nos sofás pelos cidadãos. Política viva e olhos nos olhos, perguntas e respostas no momento sem espelhos mentirosos. Assim, sim!

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 06:57
link | Veneno ou Açúcar? | favorito
2 comentários:
De sara esteves a 10 de Setembro de 2013
A professora doutora, Manuela Pinheiro faz-me sentir orgulhosa em ser portuguesa. Parabéns pela sua sensibilidade, que toca a minha. Sara Esteves
De Maria Brojo a 11 de Setembro de 2013
Amiga tão amiga de amiga minha, minha amiga é. Agradeço-lhe esta comunhão de sensibilidades sob a égide da Manuela Pinheiro. Peço desculpa à grande Mestra da Pintura Nacional não a adornar com os títulos curriculares como muto bem a Sara Esteves fez. Acredita que se o fizesse me sentiria mais distante de alguém que tanto importa na minha vida?
Beijinho grato, Sara.

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