Dzvinka Stifel – Country Church Janice Northcutt - Huse Communion
Na véspera, rareiam bandos de criançada pedindo de porta em porta bolinhos e bolinhós, não sejam vítimas de uma naifada ou da cobiça dos pedófilos. No Dia de Todos-os-Santos, arredo a noção de santidade clássica. Nem remeto para o conceito e para os rituais católicos que nas Igrejas são celebrados. Santos há mortos e vivos pela dádiva da vida ao serviço dos outros. E que muito se devem amar a si primeiro, para desse amor expirarem gestos servidos aos precisados de um afeto, de uma palavra, de uma presença ao lado. Porque a santidade não se confina aos altares, nem a aros de ouro enfeitando a cabeça, nem a ramalhetes de flores aos pés de imagens postadas em toalhas de renda. A santidade é outra coisa. Não carece de certificados de garantia concedidos pelo Vaticano. Não obriga à condição de mártir. De frade ou freira. Ou padre. Ou qualquer outro degrau na hierarquia católica dos profissionalmente dedicados à causa divina. Ainda menos de eremita. O caminho da santidade é o caminho da paz interior, do bem-estar com o próprio e com os outros. E santo pode ser qualquer um que de melhorar quem é não desista. Milagreiro, sim, ao transbordar amor para uma, várias, muitas vidas que rente à pele e ao espírito sentem ter passado a contar. Nunca mais um, mas alguém especial que mereceu inesperada oferenda.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros