Ai país! D. Duarte Pio de Bragança, candidato ao trono português, defende referendo que exiba a vontade do povo no que respeita à instauração da monarquia. A República deu no que deu. Realeza faria melhor e acresceria prestígio, julga ele. Viver à conta dos contribuintes pagantes de viagens para representações oficiais, de quotidianos faustosos não faria diferença aos cidadãos.
Ai Lisboa! Viste trocada a bandeira do município pela bandeira monárquica. Uma esquadra de polícia a meia centena de metros distante, e nem um par de olhos testemunhou o facto. Bem pode proclamar Manuel Salgado, vice-presidente da câmara, actual presidente substituto durando as férias de António Costa, que a zona é insegura. Que a polícia nada testemunha. Que é instável o coração da cidade.
Peca por tardia a constatação. Nenhum munícipe ignora que deambular nas zonas da cidade, ao anoitecer esvaziadas do vai e vem dos serviços, é risco infinitamente superior ao de contágio pela gripe A.
O vice-presidente da câmara de Lisboa diz que a substituição da bandeira municipal pela bandeira monárquica na autarquia demonstra insegurança no centro urbano. Manuel Salgado lembrou haver uma esquadra de polícia a 50 metros da autarquia. E a Praça do Município ali tão perto do Ministério da Justiça, Ministério da Administração Interna e do Banco de Portugal. Que se protejam. Que defendam símbolos e bens. Não prestem atenção ao aviso, e Lisboa ainda acorda com os ícones da Opus Dei, dos Skinheads ou da Maçonaria pendurados nas sacadas rainhas!
Isto foi uma brincadeira (um 31 d'Armada) e não se pode dizer que não somos livres de brincar sem interferência da polícia.
Também somos 'assaltados' em pleno dia nos bancos e até em nossas casas por publicidade enganosa, apesar dos desastres financeiros ainda mal enterrados.
Se não nos vigiamos mutuamente (Isaltino 1-X-2) estamos a pedir que um BB controle todos os nossos passos?
Claro. Há, no entanto, muito piores... sem que alguém se apoquente. Empreitadas a sério (bem planeadas) são o desafio que nós (não) sabemos. Nos EUA, fartei-me de tirar casaco, cinto, chaves, moedas, telemóvel, portátil, ... fartaram-se milhões de passageiros milhares de vezes... depois das torres derrubadas. Quantos polícias e seguranças queremos na nossa rua, no nosso prédio, no nosso corredor? Quanto queremos pagar (mais) por isso? Em detrimento de quê (saúde, educação, justiça,... )?
sobre a segurança, caíram as Torres Gémeas em Manhattan a poder de talheres de plástico, remember? e de prato doméstico tivemos assaltada a sede da Direcção (Central?) de Combate ao Banditismo, assim o nosso FBI ou quejandos... e escutado o gabinete do PGR ... e ... e ...
ou ih ih ;->>>
agora a sério: as bandeiras são catitas, mesmo as da monarquia municipal da rapaziada do 31 da Armada em versão blogosférica pois que o verdadeiro 31 da Armada é assunto prandial de relevância capital
e o D. Duarte melhor daria um pio se fosse candidato à Câmara Municipal para lá botar a bandeira que lhe aprouvesse, caso Lisboa o elegesse
quanto a ícones, felizmente, estamos bem servidos, na terra, no céu e no nome de Lisboa
ps - boas feiras e melhores férias ao Sem Inveja e a quem o apoiar !!!