Autor que não foi possívedl identificar
Noite de sábado de um verão sem arrefecer a pele. Lisboa por cenário. Na rua da Barroca, a «espumanteria». Casa de boa comida. Ostras como entrada; seis em número, tamanho e frescura a preceito. Germinadas em França, adultas no Sado. Limão cortado noutros tantos gomos. Espumante rosé nas flutes. O prato de substância foi risotto de alheira e trufas. Dispensada a sobremesa. Como remate, café.
Pela eficiência e conhecimento do servido, pela afabilidade isenta de snobismo, lugar para muitos regressos. Desde 17 de Setembro, mais mesas e sítio para fumadores que outros lugares de serventia ao palato ostracizam.
Quem, no Bairro Alto, não cometia infidelidades ao Pap’Açorda ficou rendida. Afinal, a mulher faz em casa semelhante à mítica mousse de chocolate do sítio/referência. Até a Cila, bem ensinada, deixa produto melhorado em taça no frio. Perfeita. A Cila e a mousse.
Abaixo da Travessa da Espera, «morangoska» no Cenas de Copos. Fresca e deliciosa. Na Rua das Salgadeiras, o Bairro Arte. Objectos alternativos que retêm o olhar. Um trolley de compras em verniz preto, «one» cosido em branco, faz arranjo no transporte das minudências de fim-de-semana vendidas nas mercearias de bairro. O chique cabe em qualquer lugar se tiver serventia.
O Bairro, dito Alto, apetece de raro em raro. Antes da enchente noctívaga, que nele se peregrine e seja descida rua/viela até ao Camões.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros