Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2010

IR ONDE É DEVIDO


Barndog

 

Nem sempre com razões. Impulsos. Comprar voo na última hora. Telefonema que marca pernoitas – Teresa outra conhece, há vinte anos, imprevistos desejos. Trata das faltas. Em menos de trinta minutos contados, cama garantida e mala feita. Boby ínfimo sem necessidade de check-in. Dentro, duas mudas de roupa e calçado. Sacão ao ombro com restos que embaraçam seguranças dos aeroportos. Rápidos para mostrar sem intimidades expostas. Arrisco o scanner imposto, agora, nalguns destinos aéreos. Tornam nus os vestido na fila, mal-grado a pequenez do sutiã e do fio. Fáceis condições, estas, de exibir/provar inocência em actos terroristas!...

 

Anunciada por voz segunda, visionária, urgência num rumo pessoal e adiado. Descrédito como princípio, recuso previsão do meu futuro cujo existir desconheço, lembrei o «quase» d’algumas vezes. Desmarcadas – projectos de maior importância que a profissão ou os dias comandaram. Em Julho, a última. Não sendo influenciável por recomendações que escapem ao meu filtro, percebi, enfim!, o oxigénio daquele destino. Quebrar pré-conceitos e escutar outrem tem ocasos/acasos/casos destes.

 

“Há mais coisas debaixo do céu e da terra do que aquelas que alcança a tua imaginação”, ou frase semelhante, escreveu Shakespeare em Hamlet. Voluntariamente submetida a situação nova, entendi o risco do espírito experimental. Meu. Quem está habituado a seguir etapas - da formulação da hipótese, verificar o indutivo e passar à dedução - rejeita fugas primárias à lógica habitual. Mas fica o remoer. Mói e remói como moinho de beira d’água que do grão faz farinha desde que o vento ou a água corram. E correm, sem laboratório que os confine.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 06:28
link | Veneno ou Açúcar? | favorito
12 comentários:
De Maria Brojo a 11 de Janeiro de 2010
Pirata-Vermelho - com todo o gosto!

Acto terrorista é qualquer atitude guerrilheira e inconsequente contra a vida saudável, emocional ou física.
De -pirata-vermelho- a 11 de Janeiro de 2010
Quem avalia a (in)consequência?
De Maria Brojo a 11 de Janeiro de 2010
Pirata-Vermelho - é fácil:
_ As vítimas e aqueles que as amam.
De -pirata-vermelho- a 11 de Janeiro de 2010
Avaliação dispicienda uma vez que não saõ nem parte inetressada e uma vez que o drama e a dor, por si só, não constituem competência.
Fiquemos então pela lamúria e pela revolta declamada, a toque de caixa.
De Maria Brojo a 11 de Janeiro de 2010
Pirata-Vermelho - Não se finja perverso. Existe melhor bitola que a dor e o drama?

Retiremos a lamúria e a declamação a toque de caixa. Da subtracção fica a verdade subjectiva. Como todas: sua ou minha.

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