Malangatana
Milhões a mais ou a menos. Estou/estamos fartos! Ultimatos, demissões antevistas e manobras, sem obra, à vista. Notícia. Contra notícia. Contradições. Contrariedades para quem deseja a calma possível enquanto cidadão, ouvinte, espectador.
Ligar às nove o rectângulo negro, nem sempre, mas ontem, valeu a pena. Mário Crespo convidou quem devia: Malangatana. Dele, conheci a primeira tela num escritório mudado de instalações. Projecto desenhado por querido amigo que doença facínora levou. Eu, catraia e mulher. Olhei a tela e fui estátua. Rectângulo largo e crescido para cima. Variedade simbólica e cromática. Espantosa a simplificação da forma ressaltada do emaranhado de traços. Tempo vivo, aquele, no Atelier do António Inverno.
Um dia, SPNI criança, recebo desenho cortado. Preto em branco. Mirei e remirei. Respondi. Outros vieram. Cadenciados até o todo surgir. Quem enviava? Conhecedor que assim me presenteava/alertava? O autor não era, decerto. Alguém por ele? Não sei. Ocupada noutras andanças, lembro que parou a correspondência feita de imagens. Talvez, sem fuga do mesmo sítio, empinada na diversidade das vagas blogosféricas. Marés vivas, então! Hoje, tranquilas.
O “Artista pela Paz” nomeado pela UNESCO, Malangatana Valente Ngwenya, merece novo título: doutor Honoris Causa atribuído pela Universidade de Évora.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros