Sábado, 6 de Fevereiro de 2010

«DESCASAR» & CAS(ÓRI)OS


Claude Théberge
 

Há os que pagam para casar, outros para «descasar». Ruptura carimbada do elo conjugal envolve dinheirão. Parceiros inocentes arriscam litígios a troco de lentilhas, descontadas custas judiciais e pré dos advogados. Se astutos, moldura semelhante caso a contenda persista tendo em fundo parcos ganhos (i)morais. Os inteligentes optam entre uma de duas:
- disputa longa pela rentabilidade e justiça no horizonte;
- estabelecem acordo e poupam tempo, despesas e atrito diferente de força mensurável que mais permite além de avanço seguro na estrada e nos passeios/contornos da arquitectura urbana.
Os pouco espertos litigiam porque sim. Acumulando casmurrice, estão desgraçados os futuros ex-cônjuges e descendentes: garantido sofrimento e potenciados desequilíbrios «pluripessoais».

 

A polícia portuguesa e a espanhola detiveram vinte e dois cúmplices duma rede especializada em «fasts-casórios». Objectivo: evitar que imigrantes acedam ao laço burocrático como pretexto para legalizarem a permanência no país destino. Parece-me mal. Se indivíduos pretendem casar a troco de dinheiro, que o façam. Descontada a exploração ou o logro, antes uniões arranjadas por «entidade» independente, quiçá fontes de improváveis felicidades, do que viver sob o jugo do medo ou penúria. Que fazem as legalizadas empresas casamenteiras - Sarah Jessica Parker é cliente duma - se não o mesmo com o benevolente olhar do fisco? Diferença: ganhos directos para o Estado, ou à sorrelfa do mesmo.

 

Relato da Grace, profissional competente:
_ "Casei pelo dinheiro. Foi arranjo. Guarda-chuva. Precisava dele para educar a minha filha e sobrevivermos dignamente. A Rô tinha cinco anos. O pai, português e grande amor, desandou há dois anos. Nunca mais quis saber dela. Quando o combinado marido veio, tremi. Conversámos. Independentes durante meses: saía cedo, não tinha a chave de casa e entrava quando eu. Nunca sozinho com a miúda. Sobreveio paixão. Estou, estamos felizes. A Rô connosco. Adoptou-o. «Minina» sabe, «né»?"
_ Mais do que nós, minha querida!

 

Permilagem diminuta em casos semelhantes. Mas são.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

publicado por Maria Brojo às 09:09
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9 comentários:
De António a 6 de Fevereiro de 2010
queijo - donde se prova que ... até do casamento pode nascer o amor !

goiabada - a coisa de tão organizada era mesmo desplante freudiano... a conservado(i)ra casamentado(i)ra queria ser apanhada com os carimbos na massa, digo, com a massaroca nas carimbetas!!

noz moscada - se o descaso mete gente de leis há que atentar: sim, a questão é que se há uma advogada tudo bem mas duas... é um descaso sério!!!

;_)))


De zeka a 7 de Fevereiro de 2010
com esta noz por baixo daquela goi abada por baixo daquele qu eijo... só falta (ass inar) por baixo

um bom do mingo a todos ;-)

http://www.youtube.com/watch?v=8CHlvWowaJU&feature=player_embedded
De Maria Brojo a 7 de Fevereiro de 2010
Zeka - já apresentei este vídeo (ou semelhante) aqui. Magnífico filme e banda sonora. Mais a propósito é impossivel. Lembrei outro: "As Good as It Gets" - http://www.youtube.com/watch?v=o5A6HIaqzxM&feature=related
De Maria Brojo a 7 de Fevereiro de 2010
António - 'descaso sério' pelos envolvidos e conjuntura. Porém, numa semana pejada de trabalho não houve tempo para aprofundar causas por via da investigação costumada. Hoje, primeiro dia aliviado de obrigações. Conto celebrá-lo! ;)
De Ana a 7 de Fevereiro de 2010
Num casamento, pode existir amor um pelo o outro. A separação prova isso mesmo.
De Maria Brojo a 7 de Fevereiro de 2010
Ana - não serei eu a desmenti-la: acredito no mesmo.
De -pirata-vermelho- a 7 de Fevereiro de 2010
ENA PÁ!
Que profunda reflexão D.Ana...
vê-se que estudou...



Livra!
(é nestas ocasiões que me sinto iletrado e bruto como um medievo )
De Maria Brojo a 7 de Fevereiro de 2010
Pirata-Vermelho - teve graça, mas parece-me que o cozido dominical não lhe assentou como devia...
De carlos a 18 de Fevereiro de 2010
muito bom

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