Inalienável, soe ouvir-se, direito à liberdade das gentes se exprimirem. Que se exprimam e espremam no uso da fala, dos gestos e dos escritos. Que denunciem o mal feito e o mau servir público. Que desmintam a passividade atávica dos portugueses. Esticar o pescoço, cabeça fora dos limites irracionais, impostos, dignifica a pessoa. Enfiar t-shirt ou camisa ou balandrol, que na cor encerre todas as cores, expelir palavras de ordem ordenadas por líderes é direito, conjugado no singular ou no plural.
Quinta-feira, 11 de Fevereiro, 13.30h, frente à Assembleia da República, reclamação conjunta. Iniciativa de bloggers que entenderam ter chegado hora de agir. De lutar contra muralhas gigantes (agigantadas?). Razões díspares: políticas, pessoais, puras, palavrosas, minadas, mineiras – superior a metal precioso é a liberdade da fala e do pensar; incompatível com túneis esconsos e gás venenoso no ar. Não há capacete com pilha incorporada ou máscara que o evite, ou previna explosão.
Estou disponível para guerrear. Primu: contra bufos anónimos ou encartados, fruidores do “deixa ouvir para contar”. Secundus: contra manipulação informativa. Tércio: contra gajos e gajinhas habilidosos na miserável arte de iludir, com dolo, os cidadãos. In quarto: contra massas informes.
Que sejam envergadas alvuras virginais. Menos do que poeira, tal é a modesta condição particular!, analiso subtilezas, minhas e alheias, com ardis/recheio. Quem reclama limpidez permanente é justo adiantar-se! Talvez silencie parca má-consciência e me tente.
diria que a manif já foi, vi na TV pela (des)hora de almoço mas faltava o som e imagino que perdi muito do que se faz numa manif contra o ... silêncio!
e li, salvo erro no Público.pt, que Sua Eminentíssima o Sr. Presidente da Assembleia da República, o soberano órgão escolhido para a manif, ordenou de alto que a petição (final?) baixasse à portaria para que os serviçais a encaminhassem, admite-se que para o departamento, serviço ou divisão competente!!
o que poderá:
a) encanitar os manifestantes; b) encanitar os seus menotores; c) revelar que a manif na AR encanitou o Jaime Gama.
ups... uma gralhazinha a encanitar os mentores... mais, ça arrive!
é só que me interrogava: estava mais ou menos a ver-se quem seriam os smsados, vinda a coisa da blogosfera teria alguns activistas aderentes ou adesivos mas... quem seriam os espontâneos smsadores?
era uma pergunta genuína - and I was right!
dia seguinte, vi entrevistado D. Manuel Falcão, assumindo a necessidade de liderar protesto referendado em assinaturas digitalmente propagadas, assim para libertar a expressão - fez lembrar quem na direcção da RTP, também enquanto chefe de gabinete de Santana Lopes, assim no órgão oficial da ditadura do proletariado: sim, um autêntico defensor da nova expressão da liberdade!!
mas a vida é rio de muitas esquinas, curvas e contra-curvas, água que passa e passa e passa... engraçado, alguém a pagar as camisolas engraçadas!!!
e depois, quando se resolver a luta de galos da liderança do PPD pode ser que isto desanuvie um pedacinho, pois é?
ah pois é ;_)))
ps - vamos mazé ao caso das escutas: o solarengo arquitecto aceitou a pulhice das repisadas escutas que alguém ressabiado quis ilicitamente fazer renascer do arquivo em momento envenenado da luta de galos no PPD/PSD - tudo bem, qualquer pasquim fazia o mesmo na oportunidade, mesmo sabendo - como ninguém com mais de 4 anos de idade mental pode ignorar - que a coisada se conjuga com outras convenientes coincidências interesseiras da cena da partidarice politiqueira nacional; e qual é a razão de fundo que legitima a sucessão de ardilentas ilegalidades? é por causa do perigo de controlo de meios de comunicação social, que um poderoso grupo estaria a engendrar... bem, há muita razão neste medo: o altíssimo nos livre de algum poderoso grupo controlar meios de comunicação social - é que isso nuca aconteceu e não há meio de comunicação social nenhum que pertença ou seja controlado por grupos poderosos, nem jornais, nem rádios, nem televisões
ou seja, temos que nos manifestar e por todos os modos denunciar a tentativa de controlo de meios de comunicação social por um poderoso grupo, de maneira a manter-se o actual estado de virginal pureza dos meios de comunicação social, verdadeiramente livres da influência de qualquer poderoso grupo
e la nave va
mas a tudo isto podemos associar uma inteligente manobra comercial de venda de audiências (seja em papel ou em minutos audio-visuais) para gotejar notícias requentadas do Verão passado
e eis que a sorte grande bate à porta na aldraba de um jovem administrador da PT, que pretende defender a sua honra, bom nome e pacatez, uma vez que se trata de um mero cidadão anónimo, que arrebanhou o bilionário lugar numa das maiores empresas do País depois de prestar provas em honesto concurso público
jametinhamdito que o altíssimo escreve direito em t-shirts grátis
António - os serviçais estão lá para encaminhar, obedientemente, (in)desejadas repercurssões. P.R. a salvo. Afinal, não passará, perante a pública opinião, que putativo receptor.