Nova gravação de “We Are the World” cantado por potência com base dez de vozes ilustres começa a ser mau auspício ou triste consequência. Em 1985, da Band Aid resultaram quase meia centena de estrelas unidas na versão composta por Michael Jackson. Cinquenta e cinco milhões de dólares obtidos com a finalidade de suavizar a fome em África. Terem servido a causa original ou embolsados por mandantes despudorados, naquele continente jamais é conhecido.
Nas tragédias, a vileza dos humanos encontra campo para plantio. E que venha o chavão “não só, mas também”! Atestam-no factos pipocas e diários da pouca-vergonha nacional. Serve-a qualquer escadote ou cátedra onde se empoleire figura (des)acreditada. Chamar, publicamente, mentiroso a outrem sem a justiça o mesmo ter concluído, seria muito grave, não fosse a imundície que nos assola. Assim, é confinado o facto a fait-divers em vez de crime.
A situação no Haiti merece um “We Are the World” cantado por setenta que renda biliões vindos do mundo solidário. Em Portugal, não existe música que nos salve. Mas começa a ser trauteada. Não tarda, seremos milhões a cantá-la. Condenados «violinos» sobranceiros que a todos desrespeitam.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros