Povo em causa. O nosso. Compassivo por mais haver para tratar, olha de soslaio os ecrãs. Cansado pela jornada e pela exiguidade da jorna. Entediado pelo mais do mesmo que lhe interrompe o caldo quente. Sem convite, entram no lar - suposto doce para quem preza ditos populares - estafas além das contas sempre de subtrair. Porque os miúdos esgotam a esborrachada paciência, preferido olhar pasmo ou bovino. Raramente, crítico. Independente não é espera.
Osso por largar, a vergonhosa actuação de alguns jornalistas e lobbies. Vendem notícias na superlativa (directa seria lucro desinteressante) proporção da curiosidade grangeada. Como entretém ou fuga dos T2 e 3 onde os vizinhos são fantasmas e nem mexericos vazam das paredes, o povo compra. Boceja depois. Exaurido, excluído, extremado pela dureza do 'dia sim, dia sim'. Começa por rosnar “basta!” doméstico. No trabalho, prolonga-o em conversas de intervalo. Farto de lhe impingirem ossos com sobejos de carne podre que pouco mais oferecem para roer.
A má imprensa comporta-se como incompetente patroa de bordel: distribui «meninas» sem, num lance, avaliar o perfil do cliente; pelos brilhos de aluguer, esborrata pintura nas ofertas; diminui a variedade do stock; esquece a qualidade da «montra» que preserva o freguês.
No hoje e no horizonte curto, os que se julgam poderosos balançam em arame feito de esperanças equilibristas. Até um dia.
Aqui 'perde-se' a voz NKC evocando uma ansiedade/saudade de 'bons velhos tempos' que já não permite ter esperança nos 'hip hops' (raps/raves/transes) que antes nos 'pasmam/bovinam'.
http://www.youtube.com/watch?v=8JiIplTgBnw
O mal da má im prensa é um mal maior, porque é um mal ao serviço dou tros males... e tudo isso são ar mas (muito cara$!) de ataque à 'trans parência' da demo cracia e à 'vontade' do povo (que vota!).
Assim, os 'entourage' das ad ministra ções, dos go vernos, das o posições, dos presi dentes, dos magis trados,... são génios brilhantes de boys dourados (que levam 1 milhão d'euros por ano vezes 2.000 a 2.500) pro vedores dos mais ou sados mala bar ismos e presti digi tações e golpes de mag ia que ar mam a cena 'nossa' de cada dia/noite.
Por falar en 'entourage'... lá vem aquela EmmaNnuElle ChriQui à baila, de novo ;-) http://www.nationalledger.com/cgi-bin/artman/exec/view.cgi?archive=19&num=17209
Já al mocei: Polvo às rodelas com arroz do mesmo... mal and rinho qb (96) como con vém. Sem ossos, nem es pinhas. A inda so brou. Talvez possa vir a ser sabor eado numa pró xima, se con vier. Con gela -se. Guarda-se para marés de car ência. Já vi os cães (es pertos e raf eiros) fazer isso. Abutres, não... :-(
Quem mente? Quem acusa? Quem esconde? Quem sabia? Quem concordava, se... Quem era o 'gajo'? E o 'chefe'? Quem engana quem?
Juan Domingo Perón venceu as eleições presidenciais argentinas. O Palácio de Buckingham anunciou oficialmente o noivado de Carlos, príncipe de Gales, e Lady Diana Spencer. Assembleia Nacional de Cuba escolheu por unanimidade Raul Castro como sucessor de Fidel na presidência de Cuba. O México declarou a independência face a Espanha. Ibn Battuta. David Mourão-Ferreira. Steve Jobs. Alain Prost. Roberta Flack chegou ao nº 1 do top com "Killing me softly".
Jorge - não vou misturar um «chefe» com malandrice de arroz com polvo. Seria demérito para o polvo. Quanta saudade de um belo 'arroz à Norte'. Definitivamente - excepto o meu arroz de pato -, a «mouraria» não tem jeito para estrugidos.
a Visão nem costuma abusar de capas vergonhosas ou de mulheres nuas pois até é uma das revistas menos exploradoras do sensacionalismo a que a má imprensa recorre sem escrúpulos - também, diga-se, por ter clientela à altura, além de clientes que até consideram qualquer sabujice como boa imprensa
mas desta vez, nem a Visão resistiu ao mórbido, usando a exposição de um cadáver para aumentar audiências, vendas e lucros
ora, quer porque os responsáveis (?) da comunicação social perderam as referências ou foram mesmo recrutados por as não terem, quer porque o público e os consumidores se alienam perante o abjecto que se vai tornando normal de tão frequente, certo é que é à luz desta propensão para o escatológico, para a dejecção e sabujice que se tem que interpretar a "normalidade" com que tantos encaram a aberração indecorosa, o mau gotoso ostensivo e a violação repetida de todas as regras deontológicas ou a sua ausência contumaz
independentemente da instrumentalização a que se sujeita, a má imprensa não se enxerga e não tem vergonha nem se dá conta do anedótico ou da evidência dos interesses ocultos que prossegue - basta ver os jornalistas deputados, os comentadores advogados, os analistas candidatos, os colunistas sem qualquer competência ou especialização que lhes justifique o tempo de antena, os directores arregimentados e outros espécimes que fazem sucesso na má imprensa sem mérito, concurso público nem prestação de provas, nomeados por familiaridade, cor partidária ou participação em negócios
mas há pior que a má imprensa - é não querer vê-la ou, pior um pouco, não o saber...
Também não gostei. Como não gosto das cenas viscer ais que, habitual mente, os tele jornais ser vem à sobre mesa. Como as reportagens re quentadas, misturando cenas passadas com notícias recentes. Parece que é mais 'espectá culo' que in forma ção.
Gostei, sim, muito! Deste texto. Melhor... é muito difícil dizer tão bem. Obrigado, pois, pela questão que a proporcionou. Já quanto a cores... é outra 'bola' ;-)
os primeiros 10 minutos foram bálsamo na manhã de chuva e talvez amanhã complete o curso - parecem ser 6 vídeos, a merecer alguma suspensão das matinais leituras domingueiras...