Al Moore
Povo em causa. O nosso. Compassivo por mais haver para tratar, olha de soslaio os ecrãs. Cansado pela jornada e pela exiguidade da jorna. Entediado pelo mais do mesmo que lhe interrompe o caldo quente. Sem convite, entram no lar - suposto doce para quem preza ditos populares - estafas além das contas sempre de subtrair. Porque os miúdos esgotam a esborrachada paciência, preferido olhar pasmo ou bovino. Raramente, crítico. Independente não é espera.
Osso por largar, a vergonhosa actuação de alguns jornalistas e lobbies. Vendem notícias na superlativa (directa seria lucro desinteressante) proporção da curiosidade grangeada. Como entretém ou fuga dos T2 e 3 onde os vizinhos são fantasmas e nem mexericos vazam das paredes, o povo compra. Boceja depois. Exaurido, excluído, extremado pela dureza do 'dia sim, dia sim'. Começa por rosnar “basta!” doméstico. No trabalho, prolonga-o em conversas de intervalo. Farto de lhe impingirem ossos com sobejos de carne podre que pouco mais oferecem para roer.
A má imprensa comporta-se como incompetente patroa de bordel: distribui «meninas» sem, num lance, avaliar o perfil do cliente; pelos brilhos de aluguer, esborrata pintura nas ofertas; diminui a variedade do stock; esquece a qualidade da «montra» que preserva o freguês.
No hoje e no horizonte curto, os que se julgam poderosos balançam em arame feito de esperanças equilibristas. Até um dia.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros