Rowena
“Quando é que manda o 'serviço da ministra' à... Quando é que deixa o métier?”, pergunta o Pirata de eleição – vermelho e a sério não conheço outro, salvo arremedos corriqueiros que saltitam como pulgas em todos os lugares. Respondo:
_ Mando à… quando, muito antes do tempo regulado, a paixão esmorecer.
Por vezes tenho o apetite, noutras m’arrependo e julgo ficar intacta. A cada ano, pedaço a menos. Chegada à desilusão média semanal, malvas serão o destino da dita, coitada!, que anda p’ra li às voltas ignorando como mudar a fralda ao bebé.
Espanta-me o espanto pelo noticiado dos 500 médicos que pediram reforma muito antecipada. O terror do Sistema de Saúde ficar «sanguessugado». Ora, ora!… Brincamos? Trabalhando em condições inomináveis, alteradas expectativas, mudam para melhor: para quem, no privado, mais paga e oferece ambiência favorável. Qualquer faria o mesmo. Depois, fossem precisos mais médicos, porque continuam ignoradas as licenciaturas obtidas por portugueses na República Checa, em Espanha ou em Toulouse? Graus menores que os nossos contemplando vinte estudantes a palpar um mesmo doente muito, muito paciente? É que acrescentar vagas aos ‘décimos segundos’ concluídos que almejam Medicina, não é solução. Seria no caso de mais hospitais-escolas, convenientemente equipados material e humanamente, ministrarem ensino credível. Sitos no interior. Também pela localização fixando os licenciados onde as necessidades duma saúde para todos mais falta.
Recuso corporativismos. Rejeito desigualdades. Remeto aos piores atavismos lusos o princípio do indivíduo acima do todo. Solidariedade? Valor remoto. Clamada como tal quando não o é: apenas serviço a favor de interesses pessoais. Indispensável progredir nos valores dignos do étimo que determinam atitudes. Eliminar vícios desenrascados do Estado e dos cidadãos. Perfumes envenenados. Todos.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros