Bruno di Maio
Retido de sítio por lembrar: “Gosto tanto do trabalho que por vezes fico parada a olhar para ele”. Agitando e dando de novo o baralho mental, julgo ter sido a Dobra do Grito, querida amiga, autora do transcrito. Tem graça e bom gosto no escrever como prova o livro “O Táxi que me Apanhou”. Contos duma mulher que acresce a arte de bem pensar.
Tenho por verdadeiro serem os portugueses versados em pousios para apreciarem a beleza do trabalho de quem o faz. Uns estetas, afinal. Entre eles, apertando a fadiga, conto-me. Acordar grácil e levemente, fruir com calmaria dos rituais da manhã doméstica, ouvir noticiários, a opinião do Fernando Alves nos “Sinais” auguram dia bom ainda que o trabalho, logo após, não me dispense cabeça e mãos. Porém, acontece o inesperado: o Fernando Alves tem estado à janela do Mundial de Futebol. Nem as vuvuzelas lhe escaparam. Relacionadas, soberbamente, com temas ou personalidades em tudo superiores ao caso que volveu bandeiras nacionais às varandas. O opinar servido pela voz e saber magníficos que entra em casa antes das nove é melhor do que compota caseira em fatia de pão quente. Esqueço-lhe este debruçar à janela africana que ignoro enfeitada ou não com pano verde e rubro. Se bem o conheço de ouvir, garanto a negativa. Mãos no fogo sem pavor.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros