Lorenzo Sperlonga e Mark Sparacio
“A população mundial precisa de 1,4 planetas para cobrir a actual procura de recursos naturais. Cada cidadão americano «ocupa» o dobro do espaço utilizado por um europeu e um europeu o triplo do que necessita um africano.” Tanto para tão poucos! A estimativa não é novidade; complementada pela crise económica, obriga a (re)pensar o actual way of life do Ocidente. Quando parte ínfima da humanidade requisita para uso fracção maior da Terra, a humanidade faz o pino e persiste no ‘pernas para o ar’.
Prova esta pirueta, o badalo ontem chocalhado: os americanos no Afeganistão custeiam os talibans. Desembolsam milhões de dólares a troco da segurança no transporte dos bens necessários aos guerreiros made in U.S.A.. Alvoroço inevitável nos patrícios sob o pano com stars and stripes. Resta o facto: inimigo financia inimigo. Máfia «soprana», máfia soberana. Série com sucesso nos ecrãs transposta para o palco real.
Quem dera insensibilidade aos (e)feitos dos mandantes nas relações internacionais que as guerras fazem e contaminam! Mas não – cidadão do mundo queda-se. Fica absorto pela pintura descascada. Olha à volta e condiz o que presumia condizente. Malvada perversidade em que o ser comum é vítima e culpado!
Porque hoje giro ao contrário, mais do que o escrito seria além do Além.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros