Já foram ratos e morcegos. Linces e bicharada vária. O sapal do Tejo. Os golfinhos no Sado. As escritas nos rochedos pré-históricos de Foz Côa que continuam subaproveitadas.
Quando empreendimento gesta num ateliê, quando maqueta ergue a probabilidade, quando à tona das notícias arriba o novo, o alto do Restelo enche-se com «velhos» de qualquer idade. Contra mim rabisco por deles ter aumentado o número a propósito da, então possível, Ponte Vasco da Gama. Desfraldei a bandeira do sapal e a nidificação e as espécies serem danadas pela travessia em betão. Hoje, fruo-a e agito o ridículo da minha suspeita e vaidade pelo julgado bem pensar ecológico. O sapal está vivo, de boa saúde, as aves chocam ovos, a ponte serve os propósitos iniciais, é linda e novo ex-libris de Lisboa oriental.
Agora, é um mexilhão-de-rio a norte do Beça que impede o projecto da barragem de Padroselos vir a ser inserido na Cascata do Alto Tâmega. Os bivalves de água doce em Boticas são obstáculo epistemológico que o Ministério do Ambiente – com frequência, nem dele sabe ou quer saber - alegou para reprovar a contenção do rio Beça.
O zelo pela biodiversidade deve contrariar a crescente extinção diária de espécies. É-lhe exigido ver longe e assentar em dados sérios. Um só estudo de impacto ambiental como fundamento da decisão, é miopia. Especialistas temos muitos. Aproveitar-lhes os saberes, confrontar resultados, decidir após é prudente. De assinaturas por cruz em cima dos joelhos, estamos fartos.
Olá Teresa, O mexilhão deve estar a dormir estas horas e queria só sublinhar que, neste caso, o mal não está na ligeireza com que se esgrime com os impactos ambientais. Concordo, com algumas reservas, que chega de fundamentalismos da treta. e a ponte V. da Gama foi um bom exemplo! As barragens do Alto Tãmega têm outros contornos; como produtoras de energia são irrelevantes mas, isso sim, muito relevantes para as construtoras e demais negociatas. É como os geradores eólicos, por regra instalados de forma anedótica (Prof. Delgado Domingues confirma), que desfeiam a paisagem e são um cancro na relação custo/eficiência. Então porque aparecem como cogumelos? Porque são altamente subsidiados pelo Estado. Sem qualquer controlo sério! Quem é que se rala? O pagode dsconhece as teias dos negócios e vai atrás do "verde" enquanto os arrivistas enchem os bolsos, digo alforjes, porque tanta massa não cabe num bolso! Quem se lixa sempre são os mexilhões do rio, do mar e os de duas pernas. José Calazans
Hoje é Domingo - Será Domingos? Com essa dúvida, parece que confunde clima com tempo... como no futebol, os sérios e inteligentes estão na bancada (http://futureatrisk.blogspot.com/2008/01/prof-delgado-domingos-desvaloriza.html)
Olá Teresa, Palmatoadas não gosto nem de dar nem de levar! Agora um bom "bate papo" mesmo que seja acalorado, isso sim, aprecio. Se estiver nessa meile para outra caixa de correio com o mesmo nome mas @gmail.com. Saudações