Das alterações introduzidas nas sociedades pelas ciências conhecemos os efeitos. Alguns dramáticos que a história mundial da morte regista: as bombas atómicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, a pesquisa pseudocientífica durante o Holocausto Nazi, o napalm para sempre associado à Guerra do Vietname.
A investigação que permitiu à humanidade colocar homens na Lua e aumentar saberes sobre o cosmos mudaria para sempre o quotidiano do nosso tempo - novas fibras, ligas metálicas, comunicação à distância, satélites, robótica e automação, mais e mais com cabimento e sem caberem aqui.
Jabulani (‘celebração’ em zulu) anda nos pés e nas bocas neste Mundial. «Redonda» polémica, rápida, imprevisível se chutada com força e, por isso, atingindo velocidades superiores a 75 km.h-1. Putativamente culpada dos parcos golos na fase primeira do torneio de futebol que o ‘sete a zero’ de Portugal frente à Coreia do Norte desmentiu. A NASA e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) estudaram-na. Submeteram-na a testes múltiplos e ao túnel do vento. Pelos 14 painéis fundidos entre eles, adquiriu sulcos aerodinâmicos. Ao deslocar-se com alta velocidade, o ar próximo da superfície de bola gera fluxos assimétricos responsáveis por forças laterais que podem resultar em súbitas mudanças da trajectória. Por outro lado, altitudes elevadas nalguns dos estádios/palcos onde a Jabulani se desloca impõem menor pressão atmosférica e densidade do ar. Reage como o esperado: maior rapidez para pontapé inferior.
Tanta tecnologia, tantas críticas, tanta pesquisa quando craque que é craque soma golos nem que seja com bola feita de trapos e recheada com peúgas rotas.
A bola possui 11 cores diferentes, cada uma representando os dialetos e etnias diferentes da África do Sul. O nome da bola signifca "Celebrar", em isiZulu. Jabulani é uma palavra da língua Bantu isiZulu, um dos 11 idiomas oficiais da África do Sul. A bola da Copa 2010 tem apenas oito gomos em formato 3D. Seu design possui traços africanos, misturados numa diversificação de 11 cores - o branco predomina.
As cores, de acordo com a Adidas, foram escolhidas para representar os 11 jogadores de cada seleção, os 11 idiomas oficiais da África do Sul e as 11 tribos que formam a população sul-africana.
O lançamento oficial da bola aconteceu na Cidade do Cabo, na África do Sul, antes do sorteio dos grupos da Copa. Outras regiões do mundo também receberam o lançamento. No Brasil, a festa ocorreu no estádio do Pacaembu.
Versão especial
Jo'bulani, versão lançada exclusivamente para a finalUma versão especial da Jabulani, denominada Jo'bulani, foi anunciada pela Adidas e será usada na grande final da Copa. O nome da bola foi inspirado na cidade de Joanesburgo, que sediará a final, e muitas vezes é apelidada de Jo'burg. Esta é a segunda bola produzida exclusivamente para uma final, a outra foi a Adidas Teamgeist, para a Copa do Mundo de 2006.»