Richard Wallich e Zamknij Okno
Das alterações introduzidas nas sociedades pelas ciências conhecemos os efeitos. Alguns dramáticos que a história mundial da morte regista: as bombas atómicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, a pesquisa pseudocientífica durante o Holocausto Nazi, o napalm para sempre associado à Guerra do Vietname.
A investigação que permitiu à humanidade colocar homens na Lua e aumentar saberes sobre o cosmos mudaria para sempre o quotidiano do nosso tempo - novas fibras, ligas metálicas, comunicação à distância, satélites, robótica e automação, mais e mais com cabimento e sem caberem aqui.
Jabulani (‘celebração’ em zulu) anda nos pés e nas bocas neste Mundial. «Redonda» polémica, rápida, imprevisível se chutada com força e, por isso, atingindo velocidades superiores a 75 km.h-1. Putativamente culpada dos parcos golos na fase primeira do torneio de futebol que o ‘sete a zero’ de Portugal frente à Coreia do Norte desmentiu. A NASA e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) estudaram-na. Submeteram-na a testes múltiplos e ao túnel do vento. Pelos 14 painéis fundidos entre eles, adquiriu sulcos aerodinâmicos. Ao deslocar-se com alta velocidade, o ar próximo da superfície de bola gera fluxos assimétricos responsáveis por forças laterais que podem resultar em súbitas mudanças da trajectória. Por outro lado, altitudes elevadas nalguns dos estádios/palcos onde a Jabulani se desloca impõem menor pressão atmosférica e densidade do ar. Reage como o esperado: maior rapidez para pontapé inferior.
Tanta tecnologia, tantas críticas, tanta pesquisa quando craque que é craque soma golos nem que seja com bola feita de trapos e recheada com peúgas rotas.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros