Peter Kindred
Onde o Pirata-Vermelho descreve ‘Lesboua’ e contrapõe ao texto aqui publicado no dia 4 de Julho.
“Alto!
ontem esquecemo-se de detalhar o ambiente geral em que se vive na Lisboa propriamente dita, uma vez que para além do perímetro Restelo, Pontinha, Lumiar, Olivais é periferia sub-urbana e não é por terem ido abaixo meia dúzia de casas pequenas qu'a cidade ficou menos bonita - ganharam-se outras coisas.
Em Lisboa, abstraindo das casas sem luz, à noite, na parte central da cidade e dos pequenos amontoados de gente a dormir embrulhada em plástico e cartão canelado junto às paredes mijadas pelos cães - são pequenos mas são muitos - e abstraindo dos copos e garrafas de plástico no chão do bairro alto, das pipocas nos cinemas do corte inglés - e nos outros- da gente malcriada nos restaurantes, dos prédios horríveis da 5 de Outubro e da Av da República, dos túneis da Av de Roma e das transformações de alguns espaços públicos e encerramento ou vedação sine-die de outros... abstraindo disto, temos de facto jazz - de braga a loulé, passando por coimbra- nos jardins da Gulbenkian -também há casamentos... - e há espectáculos de rua, e animação de rua; há cinema americano; há amburgas, sardinh'assada, petiscos; há gajas - pouco refinadas mas gajas com entre-pernas-sem-pelos - há tudo!...
em Lisboa há tudo.
É tudo mau mas há tudo
e
kem é q disse q só o que há Estocolmo ou Paris é qé bom? Ou Roma...
Se calhar a cena dali das docas até é fatela não?!
Se calhar não curtias uma boa ali numa esplanada do Xiado, a murder as miudas ou se calhar não curtes o Museu do Xiado não...
FOGO! deves mazé ter a mania qés dótour...”
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros