Elizabeth Austin
De romaria em festa popular, de baile em bailarico, meneiam ancas e trocam os pés ao som do hit “Mas quem será o pai da criança?” Rostos faceiros debulham sorrisos e «delicodoçuras», enquanto trauteiam o enigma musicado. Nem tentam descobrir a paternidade, menos ainda o infante. Os corpos rodopiam e, na chegada tardia à cama, talvez se embalem na feitura de crianças. Se duma cançoneta advier natalidade aumentada, os cantadores merecem condecoração no 10 de Junho próximo. Ou não, que até a geração produzida na pós-festança descontar impostos, muitos subsídios e abonos tem de pagar o depenado Estado. Custas fatais sendo contabilizado o auxílio para a saúde oral da criançada.
Existindo prova que 20% dos adolescentes não escovam diariamente os dentes, que apenas um cada quatro o fazem par de vezes ao dia, que o uso de fio é para eles coisa estranha, muito dispêndio haverá com tanta dentição depauperada. Os rapazes são os menos cuidadosos, diz quem sabe. Mais garante: necessários três euros diários para conservar caninos e molares saudáveis à «adolescintifada» contra a higiene oral. Problema: o Estado paga tarde e mal, os dentistas abominam trabalhar à borla e as famílias mais desprotegidas não têm informação ou, tendo-a, os recursos são parcos. Como extravagância, venenos: coca-cola, «gomas» e açúcares em tabletes.
Demorará até o povo exibir dentuça apurada. Entretanto, aqui-d’el-rei que partiu, doeu, inchou e m’arrancaram outro!
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros