Em Paris, à meia-noite ainda não é hora dos lobos - chega mais tarde como em todas as capitais. As luzes enxameiam boulevards, la Place Vendôme e de la Concorde. Outras, muitas, incendeiam o escuro da abóbada. Apagam estrelas, excepto nas sombras cúmplices das margens do Sena, nas Tuileries e nos perigos ocultos do Bois de Boulogne.
No 55 da Rua Faubourg-Saint- Honoré, oitavo arrondissement, os focos branqueiam a pedra. Dormirão, Sarko e Bruni? Ou Monsieur Le Président ainda ruminará a cena de elementar ciumeira nos bastidores do set onde é rodado Midnight in Paris? À propos do novo filme de Woody Allen em que participa Carla, desancou verbalmente a mulher. Não por ela ter repetido 35 vezes a modesta cena em que entra numa mercearia com uma popular baguette debaixo do braço, mas pelo comparsa enamorado. Ao estilo Sarko, pepineira como razão.
Nos Simpsons, já consta a caricatura deste making off. Humoristas do Quebeque imitam Brassens e fazem blague do casal três e trinta: dele metro e meio, dela o resto. Entre ambos, a desproporção da plasticidade neuronal é semelhante.
...e a mnina não chega nem aos tornozelos de qualquer das duas personagens de quem fala e que nem conhece (e eu corro o risco de m'enganar porque também não os conheço mas vivo ao loonge, em purtugale e não me esqueço)
Sinceramente Teresa,admito que os meus neurónios estejam lesionados pela intensidade dos UV, mas de facto publicou artigos bem mais entendiveis. Que me seja relevada a frontalidade.