Matthew Lake, Lauren Bergman
Fruto das nanotecnologias, invenção desenvolvida no Norte do país: tecidos que repelem a sujidade. Revestidos com nanofilamentos, negam manchas de azeite, café, vinho e causas outras de lavagens. No imediato, sob forma de toalhas de mesa e guardanapos. Quanto arranjo! Mulher que se desdobre na atenção afectuosa ao gerir família alargada requere: _ Já! Para ontem vai tarde. Para amanhã e depois, sinto falta. A cada dia passado, lá vai uma toalha p’ra máquina. Ao jantar, é remedeio o linho trocado de cima para baixo. Vale ser liso, somente bordado nas fronteiras. Sol quase deitado, passa por fresco cheiroso. E é poupada água, rodopios na máquina, químicos detergentes, ferro e vapor movido a electricidade. Repelidas nódoas, espaçadas lavagens. Para quem odeia desperdícios, um achado!
A converseta lembra usos d’antanho, primórdios do vigésimo século, ouvidos contar por família que partiu. Às sextas ou sábados, celha repleta de água morna e banho semanal. Antes, fumegavam panelas e o sabonete Ach Brito varria a sujidade. O lençol de cima mudado para baixo, limpo o da cobertura da pele. Aos quinze dias, cama feita de novo.
Os dermatologistas bem podem condenar uso diário de gel de banho, esfoliações a esmo, não raro acabando em rezinga borbulhenta. Aconselham água chilra para limpeza e protecção da epiderme. Écran solar todo o ano substituindo cremes esquisitos e caros para unto da face – melhor anti-rugas não há p’ra eles e elas.
Sendo o básico simples e económico, vão de retro complicações. A frugalidade respeita o equilíbrio da terra e dos seres.
CAFÉ DA MANHÃ
Da querida Dobra:
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros