John Stone
Diferente do feito. Rondar o desconhecido. Penetrá-lo sem o esgotar, que prometidos regressos obrigam à luxúria por descobrir. Sentir nos pés macieza do musgo, areia fina sob água/vidro. Vislumbrar redondo no horizonte e desejar possuí-lo. De madrugada, partir com bússola no olhar. Na mochila leve, água, maçã, livro pequeno, pensos rápidos, não as urdam tojos ou cactos. Chapéu e bordão. Botas e calças folgadas. Alças e algodão leve. Da lingerie, a inferior. Óculos protectores. Cabelo preso ao alto, pescoço desnudo. Semear pegadas, depois, até o redondo chegar.
Entre ir e vir, que o perto recortado no azul se fez longe, quatro horas. Pernas rijas pelo trabalho muscular como noutras vezes, noutros lugares, noutros quadros. Duche e um café no terraço que, pela manhã, a sombra veste. Olhar afectuoso no além redondo sentido sob os pés. E sair. Deambular, talvez mercar em mercado de nomeada. Sendo os turcos fofos, escolha feita, treinar o regateio e comprá-los ao quilograma. Mirar o enlaçado dos vimes, os desenhos ingénuos dos barros, a perícia nos linhos saídos de teares. Na seira, acumular legumes, ervas das minas ou de acaso, fruta antes cheirada – apalpada não, que quem atrás vier merece bem intacto.
A tempo do almoço, panela com água, descascar, partir, mexer. Mesa posta no durante do apuro da refeição. Volver ao terraço. Ao redondo. Ao continuado prazer.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros