Na Madeira e em Porto Santo, percevejos, em reunião aportada pelos ventos, fazem poiso onde calha. Enxameiam praias e ruas, os populares coçam-se. Deles afirmam reconhecerem o cheiro amendoado, julgam-nos mosquitos doutra estirpe, barram-se com protectores, untam picadas com anti-histamínicos, deglutem comprimidos se a praga exagerou na prova do sangue alheio. Não vai a tempo, mas inventores portugueses descobriram prevenção contra mosquitagem esfaimada – camisola impregnada com químicos. A bicharada voadora ronda sem picar. E se transmitem maleitas pelo hábito péssimo de sugar o que lhes apetece… Em abono dos insectos, é justo valorizar a contribuição polinizadora e no ambiente ao fazerem alimento de semelhantes.
Não apenas nos têxteis inovamos. Após fama e proveito de possuirmos o pão mais salgado da Europa, foi imposto o limite de 1,4g de cloreto de sódio por 100g de pão cozido. Por isto, pioneiros no Ocidente. E vão mais duas. Fosse esta a média criativa diária todo o ano, e Portugal rolaria a demais à hora para as tabelas europeias.
Ainda assim, fazer pão ou cozinhar é matéria delicada. Seja notada a prisão do cozinheiro de Bin Laden por satisfazer o frugal estômago do chefe dos inimigos do Ocidente. Considerado, por tal, colaborador da Al-Qaeda. Não seria suficiente afastá-lo dos tachos e panelas, depois de respeitavelmente espremido sobre as receitas compostas de nadas que elaborava? A milhares de famílias dava arranjo a divulgação, excepto se incluírem percevejos e outro insectos como nutrientes.
Com o peso certo... sal QB «Justifica-se a opção, inédita, de impor restrições por via legislativa? Para a comunidade científica, sim. Por um lado, porque "somos o país da Europa com as maiores taxas de ingestão de sal" - 11,9 gramas por dia, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um máximo de 5 - e, por outro, por sermos líderes "nas taxas de acidente vascular cerebral (AVC) e cancro do estômago", defende o médico e professor da Faculdade de Medicina do Porto Jorge Polónia - que em 2006 começou a desbravar o caminho ao medir pela primeira vez de uma forma rigorosa o consumo diário de sal numa amostra superior a quatro centenas de pessoas. Com uma equipa da Universidade Fernando Pessoa, no ano seguinte avaliou o teor de sal em 40 tipos de pão. A conclusão não foi animadora: o pão normal (não integral) tinha entre 19 a 21 gramas de sal por cada quilograma, quase o dobro do encontrado nos pães britânicos e suíços analisados (13 gramas).
A lei é de tal forma "pioneira" que os norte-americanos estão agora a debater a possibilidade de introduzir limites do teor de sal por via legislativa, justifica Jorge Polónia. "Estamos a servir de exemplo", orgulha-se Luís Martins, cardiologista e ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, que colaborou nestes estudos.»
Por cozinhar... os outros «Al-Qosi, 50 ans, detido no Paquistão em Dezembro de 2001, por tropas norte-americanas, confessou ter deixado o seu país em 1996, para se juntar a Bin Laden no Afeganistão, tendo-lhe servido de cozinheiro e por vezes também de motorista. E no início do mês passado confessou-se culpado de apoio material a actividades terroristas.
E a sopa???? </> (http://jornal.publico.pt/noticia/12-08-2010/paocome-e-sopacome-20006460.htm)