Autor que não foi possível identificar e Rocket Roberts
"Que pena, o garoto tem talento para a música!" – isto disse o pai de Carlos Kleiber. No ambiente familiar, o pai, maestro, dispunha de instrumentos musicais que cedo seduziram o jovem. Deles retirava harmonias com emoção rara. Compunha. Mas não coincidiam pai e filho no desígnio profissional. Seria químico. Porém, a Ópera do Estado Bávaro, acolheu-o anos depois. Caso, um de muitos, em que a ciência foi passagem para outra margem/vida.
Não cessa a surpresa da mulher-química tida como mal empregada, literal e metaforicamente, pela diversidade de interesses e actividades/paixões que a motivam. Como se a cada um servisse apenas única caixa de sapatos onde, em pilha limitada, restariam as capacidades relacionadas com a formação académica e consequente trabalho na profissão principal.
Curioso que se preza não censura vontade de saber. Roa o espírito nome ou pergunta, e parte à aventura. Começa, nos dias correntes, pelo Google, acaba na livraria ou na filmografia ou nos registos discográficos. Não existindo por cá, a Amazon.com auxilia a perseguição da resposta por ter. E chega. Talvez insuficiente para quem da minúcia no conhecimento não abdica.
Trabalhem numa marcenaria, atendam ao balcão gentes e enfados, ensinem o sempre pouco que há para transmitir, ganhem os dias em lugares anódinos, a curiosidade não escolhe quem. É o «quem» que a busca e sem ela não sabe viver.
Açúcar C. - bingo! Acertou em cheio - esta música fascina-me!
Tencionava escrever sobre personalidade, feito e associados. Obrigada pela ajuda. Onde se prova que «googlar» não é defeito se bem aproveitado e recriado.
Pois... talvez seja um grande veneno (não mata mas amolenta?) ter-se profissão que não se 'ama'. Pode-se sempre mudar... até encontrar a que 'assenta como uma luva'. Questões de estatuto, de ganhos, de vocação, de promoção, de acomodação... terão um papel determinante na 'carreira'? Que dizer do funcionário público, do membro duma ordem religiosa, dum militar, dum excluído?
sem amor (http://www.youtube.com/watch?v=ktR1WHQ9NRc)
De fata je suis morgana de moi a 6 de Setembro de 2010
Teresa, que bom alguém poder afirmar os seus vários dons por vocação...saber que se tem ao lado alguém que nos valoriza e não nos quer destruir os sonhos ou diminuir os resultados...que bom deve ser...ainda bem que há gente que o pode fazer, com segurança em si, sem medo, avançar e afirmar-se...bastas vezes, vejo a vida por esta janela, sofri tanto que sou assaltada pelo medo e insegurança, sinto-me sem alicerces e leio as suas crónicas e dão-me força...obrigada...
Fata je suis morgana de moi - nem sempre assim foi e fui. Desde cedo, lutei. Tive a felicidade de conseguir. E, quando a família ou o parceiro não aceita, para a primeira espero o trabalho do tempo, para o segundo a porta de saída está ali mesmo. Tão perto...
Veneno C. - calma aí! Não disse não amar a minha profissão. Mas existem quem não tenha essa fortuna. Que na panóplia do «que fazer» seja encontrado o melhor para o indivíiduo.