Domingo, 3 de Outubro de 2010

ENLEIOS NA PAZ DA CHUVA OUTONAL

Hyung Jun Kim, Louide Richardson

 

Há pessoas assim: sugam a energia de quem as rodeia sem respeito ou pudor. Recolhem nutrientes como planta parasita desenvolvida pelo enleio noutras. A luz solar não lhes chega, e, casos alguns, desprezam a clorofila e a fotossíntese. Ladras vegetais, com órgãos próprios rasgam caules e raízes das vítimas seleccionadas. Colam os tecidos das respectivas musculaturas, extorquem os solutos vitais da parasitada. As carnívoras roubam aos corpos alheios o azoto que lhes falta. Tiranizam-nos. Chupam proteínas e aminoácidos. Dificultam o crescer do vegetal desafortunado escolhido. Tecem armadilhas mais frequentes nas insuspeitas folhas do que nas flores, exalam aromas sedutores que fascinam as presas sem que lhes digiram os corpos – bebê-las, sim, é objectivo. Lentamente, retiram-lhes a energia vital. Ardilosas, portanto. Criminosas, também.

 

Evitando chamar à colação trânsito de energias malinas, espiritismos lúgubres ou halos que envolvem as gentes e especialistas de nada asseguram ler, larápios enfiam a mão nas carteiras onde é guardada a alegria. Levam-na com eles. Somam vítimas. Somam pecúlio oportunista. Somam vitalidades doutrem que desbaratam por não sabem gerir e poderiam alterar-lhes o desgraçado caminho.

 

Prevenção. Eriçar defesas contra parasitismo carteirista das vidas. Impedir proximidade dos roubadores da seiva/vida.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 11:45
link | Veneno ou Açúcar? | favorito
10 comentários:
De -pirata-vermelho- a 3 de Outubro de 2010
É genético, geracional ou gerontologia - o optimismo conta ventos e trovoadas (para usar a metáfora do dia) .
Se fosse sócio do pêcê dizia socrático...
não sendo digo que vejo esse filme há vinte anos- quase tantos como os do 'nosso' afundamento.
Lembra a cantilena de uns mangas de alpaca, os licenciados de hoje, na peça de estreia do Teatro Moderno de Lsboa (não conhece mas descanse... não está só), em 1961 - 'viv'a vida alegre e divertida-viv'a vida alegre e divertida-viv'a vida alegre e divertida... eram uns desgraçados, tesos e endividados; talvez com boas intenções mas tristes e mal pagos.
Viv'a vida, alegre e divertida, amiga Teresa!

(ou, em modo terr'a-terra, como dizia há muitos anos um barrasco meu conhecido - 'eu quero é rir-me, dar'ó cu e vir-me'.
A diferença é só de estilo; o alheamento é que pode ser o mesmo)


beijinhos
De Maria Brojo a 4 de Outubro de 2010
Pirata-Vermelho - vivo, porém lianas há que me tiram da minha séria alegria. Que inveja do seu tempo de marialva numa Lesboua libert(in)a....
De perseu a 5 de Outubro de 2010
On targuet lider!

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