Hyung Jun Kim, Louide Richardson
Há pessoas assim: sugam a energia de quem as rodeia sem respeito ou pudor. Recolhem nutrientes como planta parasita desenvolvida pelo enleio noutras. A luz solar não lhes chega, e, casos alguns, desprezam a clorofila e a fotossíntese. Ladras vegetais, com órgãos próprios rasgam caules e raízes das vítimas seleccionadas. Colam os tecidos das respectivas musculaturas, extorquem os solutos vitais da parasitada. As carnívoras roubam aos corpos alheios o azoto que lhes falta. Tiranizam-nos. Chupam proteínas e aminoácidos. Dificultam o crescer do vegetal desafortunado escolhido. Tecem armadilhas mais frequentes nas insuspeitas folhas do que nas flores, exalam aromas sedutores que fascinam as presas sem que lhes digiram os corpos – bebê-las, sim, é objectivo. Lentamente, retiram-lhes a energia vital. Ardilosas, portanto. Criminosas, também.
Evitando chamar à colação trânsito de energias malinas, espiritismos lúgubres ou halos que envolvem as gentes e especialistas de nada asseguram ler, larápios enfiam a mão nas carteiras onde é guardada a alegria. Levam-na com eles. Somam vítimas. Somam pecúlio oportunista. Somam vitalidades doutrem que desbaratam por não sabem gerir e poderiam alterar-lhes o desgraçado caminho.
Prevenção. Eriçar defesas contra parasitismo carteirista das vidas. Impedir proximidade dos roubadores da seiva/vida.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros