Na volta, o real. Criança, uma. Idosos, quase todos. Grávidas, algumas. Pacientes oncológicos, diabéticos, menos. Sentados em cadeiras azuis ligadas por plásticos e metal. É de espera a sala para quem, papel e senha na mão desde antes das oito, é obrigado a extrair sangue e encher seringa com urina, depois entregue no gabinete de recolha. “Análises” informa a tabuleta sofisticada que da finalidade informa os utentes.
Assentos esgotados. Senhas divididas consoante urgência pré-determinada. Ecrãs com números sempre longínquos do obtido, menos pela inequívoca eficácia do pessoal especialista do que pela gente a mais. Mas estão e chegam conformados – sabem o seguinte por alturas outras. Casais acompanham-se mutuamente, filhos(as) fazem o mesmo com a mãe ou o pai ou a tia cuja idade e debilidade justificam cuidados - o ouvido e a visão já foram melhores, por arrasto o entendimento também, as seringas para recolha de urina na única casa de banho com fila permanente são difíceis no desenroscar da tampa por onde o líquido excretado subirá. E cresce a espera. A fome pelo jejum. E a insulina adiada. E os remédios da manhã por tomar. E a procissão além da porta.
No durante, há o ‘louco de Lisboa’, cinquenta e pós, limpo e cortês, que cumprimenta um a um os empilhados. Deseja bom dia. Tem laracha endereçada e assertiva para cada um. À criança pergunta: _ Qual o bicho que anda com a cabeça? O menino sorri, olha o pai e assume o não saber. O homem responde: _ o piolho que tu não tens por seres rapaz asseado. Ao menino luzem as pupilas. Adiante, indaga dum casal a mulher: _ Qual a palavra com 40 acentos/assentos? Perplexa, conferencia com o marido, reconhece a ignorância. Esclarece: _ O autocarro! Esboço de sorriso, riso mesmo, nas faces até ele tristes. À mulher mais nova recita quadra tão popular quanto romântica; sem permissão, passa, ao de leve, dedos no rosto. Inquire senhora postada no extremo da carreira: _ Numa mulher, o que mais cheira a banana? _ O nariz! Pagelas debitadas em amanheceres esgalgados. Mal acaba o périplo, a cada um: _ Pode dar-me um euro se não lhe fizer falta? Ao vê-lo, insiste: - não recebo caso lhe faça diferença.
Ritual/desassossego completo, os «vampirados» esticam o pescoço na cafetaria fronteira para decidir medíocre pequeno-almoço que não lhes coma euros acima de dois estando na frente a caixa de pré-pagamento, o sorriso brasileiro tão plástico como as cadeiras largadas. Talvez consulta a seguir ou volta inteira para casa. Talvez madrugada/cópia após dias ou meses medidos com a régua do desespero.
Anónimo - embora desgusting, passo a explicar: - alivia a bexiga para um copo de plástico; - dele suga o necessário até encher a seringa; - retira a cânula; - coloca a tampa.
Quanto ao anexo (são difíceis no desenroscar da tampa por onde o líquido excretado subirá) fica tudo por demonstrar... (informa a tabuleta sofisticada que da finalidade informa os utentes) e, tal como o texto, deve ser coisa rara no país profundo.
E no Brasil (não admira, né?) http://www.plugbr.net/exame-de-urina-tipos-e-coleta-da-amostra/
It's my disgust, in turn I personally reached the point of sticking with my stop loss levels when I became disgusted by large losses that ate into days' and weeks' worth of profits. Similarly, I became better at defining and acting upon my profit targets when I became disgusted with situations in which I had a nice profit in hand and let it completely reverse to breakeven. And letting winners turn into losers? That became *so* disgusting for me that I set my exits to ensure it won't happen again.
Daniel Nettle's recent book "Happiness: The Science Behind Your Smile" makes the important point that disgust is a much stronger emotion than happiness.
Anónimo - nos hospitais, é prática corrente. O mesmo não digo dos centros de recolha costumados. Das minhocas na cabeça nem falo por ter visto ontem. Obrigada, ainda assim.
Tenho (já deve 1 €uro !) a fineza "Pra acabar com o embalo, E com as más impressões, Os órgãos de que eu falo... São o coração e os pulmões!!" Manel Mari B. du B. (presumivelmente) --------------------
devo muitas, esta não: quando se esquece a chave, abre-se a porta com a bela da radiografia, dita "micro", o "raio x" sem cores, que alguns laboratórios de análises fazem aos... pulmões!