Manuel João Vieira. 48 anos. Pintor, escultor menor (palavras do próprio), distribui-se em actividades inseridas num rol extenso, contraditório e diverso. Multifacetado – retrato curricular que preza e a que acrescenta opção nas artes plásticas: pós-dadaísta. Aprendiz de jazz no velhíssimo e sempre novo Hot Clube ali no 39 da Praça de Alegria. Pretende marcar ruptura com discursos lógicos e coerentes. “Desmontar a realidade como se fosse pastel de Belém” cuja massa se desfolha por cada dentada incisiva (literal e metaforicamente).
Sem desfazer, passe a expressão beirã e doutros lugares, como ele temos muitos intelectuais(?)/artistas(?) que - segue cianeto em dose pequena - se tomam por arautos do novo e do vindouro pós-novo d'hoje. A excentricidade no discurso, na imagem, na postura socialmente interventiva, itens imprescindíveis. Frivolidade ou carimbo? D’alguns que houve e há, provados sólidos os feitos, rezou e rezará a história: Dali, Picasso, impressionistas tantos, existencialistas como Sartre, Beauvoir e Boris Vian inspirados por outros, antes ou durando eles (Kierkegaard, Dostoiévski, Schopenhauer, Nietzsche, Heidegger, et cetera que de todos não sei e sobre estes arranho).
Ouvida a entrevista do João Manuel Vieira, (des)entendi melhor o desconchavo de certas galerias da Miguel Bombarda, no Porto e de personalidades semelhantes e «circulantes» nos redondos do pensar. Ao enésimo dia, do breu nasceu penumbra.
CAFÉ DA MANHÃ
Um dos trabalhos discográficos de João Manuel Vieira que me deixou a bailar corpo e sorriso. Viva o swing na música!
Coincidente em inumeros itens da forma como eu vejo a "intectualidade"artistisca portuguesa e a chusma de cretinas e cretinos,muito bem vestidinhas(os) com um croquete na mão e um sumo,plástico,de laranja em outra,palrando de idiotias que fariam do'calinas'um homem sábio.
A musica por si escolhida é de grande classe. Charlton e jazz sublimados por um poema alegre,não lamecheiro, e por uma voz bem condicente com o tema musical.
Como se atreve a usar cianeto? Anda a passar-se? É a falta da droga do Nicot? São as cartas ex-plausívesi... detenção domiciliária, precisa-se?
Sobre o génio em apreço (que ainda não chegou aos calcanhares do Quim), vejamos
Álbuns de estúdio Enapália 2000 • És Muita Linda • Opus Gay • 2001 - Odisseia no Chaço • A Luta Continua! EP's Projecto Ena Pá 2000 Project! Singles "Telephone Call/Pão, Amor e Totobola" • "Doces Penetrações" Videografia Ena Pá 2000 - 20 Anos a Pedalar na Bosta
Ainda estou a trincar pastel... a ver se a massa desfolha... ;-)
Aprecio o dito com massa coerente, preferindo a irresistível combinação creme-tostada-dentada, não ligando à massa quase nada (sim ou não desfolhada?).
Desmontá-la parece álibi, saboreá-la numa trinca total, ou nada...
Será que a entrevista descodifica o título "Álcool, Café e Sapatos" ou isso é antes código outro para meter álccol, acrescentar café, tirar sapatos... swingar?
Valeu as penas: revela logo à entrada que os títulos são uma tentação. O que é que o faz mover? "O Café, às vezes o Álcool, e os Sapaos (também são importantes)". A ordem é alienatória...
Já de volta, meia volta, volta meia, há felizmente quem deixe uma desmontagem bem mais apetecível, sem nenhuma dessas banalidades (volta Quim, és bem mais animado)
Veneno C. - 'swingar' sim, com jazz em fundo, limitado ao contexto musical. A do "álcool, café e sapatos' veio das preferências do João Manuel Vieira ouvido na entrevista. Não é que tem graça o «mangano» sem nada ter a ver com manganês?!...
adj. s. m. 1. Infrm. Que ou quem demonstra pouca ou nenhuma responsabilidade, e é dado à lascívia. 2. Infrm. Que ou quem é jovial ou gosta de se divertir. = brincalhão, folgazão 3. Infrm. Que ou quem demonstra malícia ou malandrice. = malandro s. m. 4. Ant. Alquilador ou contratador de animais. 5. Ant. Negociante de escravos. 6. Gír. Relógio.
Falei-te sem querer De coisas belas Como quem abre janelas Para lá do horizonte
E tu sem saber lá tricotares Um romance de palavras Sem certezas nem futuros E tu sonhares no areal Como um jardim de poetas Superiores e verticais Em rigor nunca existiu
E tu como se fosse há vinte anos Subiste ao alto das rochas Lá onde pousam as gaivotas Subiste ao alto das dunas Onde o vento te possui
Cresceu-te no peito um mar de prata Como se eu fosse alguma vez isento Como se eu fosse acaso Alguma vez na vida a perfeição
Mas quando te contei coisas de mim Daquelas coisas grandes cá de dentro Caíste em ti no sonho do jardim E fiz-te então amiga esta canção
E tu ainda sonhas no areal Um jardim de poetas Superiores e verticais Que em rigor nunca existiu
E tu como se fosse há vinte anos Sobes ao alto das rochas Lá onde pousam as gaivotas Sobes ao alto das dunas Onde o vento te possui
Cresceu-te no peito um mar de prata Como se eu fosse alguma vez isento Como se acaso eu fosse Alguma vez na vida a perfeição
Mas quando te contei coisas de mim Aquelas coisas grandes cá de dentro Caíste em ti do sonho e do jardim E fiz-te então amiga esta canção
Nada de confusões! Conheci o pai -também João- deste artista. Sim, um verdadeiro artista na corda bamba da treta do BO e das têvês de manhã não mas à tarde e à noite, tudo sem vírgulas e na mais completa 'devaniação' . Músico? P'acabar com a conversata: o cavalheiro é zeróide mesmo que as mninas lh'achem graça ao coiso!
E você, porque é que insiste em instilar aqui merdas? O espaço é seu... mas quem lê lambuza-se. (que garnde mer... desculp!)
(Nada de confusões! A História da Arte é -como outros ramos da História- mais que sentença lida no google e debitada e esquecida no acesso à página de apontamentos seguinte )
À chacun sa façon! (Disons...) Em termos de sofisticação, acerto com a meteo local; para não destoar.
Como é que o camarada queria qu'eu abordasse esta bizarria?
É que... há um João Vieira com obra vasta e reconhecida. Esse sim, poderia ter sido aqui lembrado, em vez deste patetóide que, se aos seus não arrenega ao tempo em que tudo está (des)nivelado por baixo e sem apreço possível se deve.